ABORTO, uma experiência traumática!

“Os teus olhos me viram a substância ainda informe, e no teu livro foram escritos todos os meus dias, cada um deles escrito e determinado, quando nem um deles havia ainda.”
(Sl 139.16)

Vale a pena você conferir o testemunho abaixo da GESA MORAES. São milhões de abortos realizados no mundo a cada ano. Dificilmente se chegará a uma estatística confiável devido ao elevado número de abortos clandestinos. Isso sim é um verdadeiro genocídio, defendido pelos globalistas progressistas! Misericórdia, SENHOR!

………….

Eu acreditava em Deus, mas do meu jeito. Ele era uma “força” que eu podia manipular. Foi assim que aprendi em minha casa e isso me bastava.

Meus pais tiveram um casamento atribulado que acabou em divórcio. Durante os últimos anos juntos, minha mãe vivia deprimida e meu pai entregue ao alcoolismo. Era mais fácil me darem liberdade total do que estabelecerem limites. Então, por volta dos 15 anos, “cai na vida”.

Tive vários namorados. De alguns gostei, de outros, nem tanto. Minha necessidade, porém, era ser amada. Eu não ligava por “pagar” beijos, abraços e palavras carinhosas, com cama. Era um preço até baixo pelos momentos em que me sentia protegida. Porém, minha má fama começou a crescer. Passei, então, a me sentir usada e a ter raiva do que estava acontecendo. No entanto, não conseguia dizer Não! Paguei caro por isso. Vivia com medo de estar grávida. Tive namorados que me ridicularizavam em público, outros que eram verdadeiros bárbaros, a ponto de praticamente me violentarem.

Fiquei calada com medo de represália e do descrédito dos outros.
E assim fui vivendo até que conheci um rapaz notável que restaurou minha autoestima. Ele me respeitou e em nosso primeiro encontro não encostou nenhum dedo em mim. Foi um verdadeiro cavalheiro e amigo, mesmo depois que começamos a namorar. As coisas acabaram evoluindo, mas daquela vez era realmente por amor. E assim foi indo até que estourou a bomba. Estávamos namorando há seis meses quando descobri que estava grávida. Ele entrou em pânico. Eu fiquei apavorada! Além dele, nossos amigos faziam pressão para que eu abortasse. Eu não sabia o que fazer. Fui falar com meu pai. Ele foi muito compreensivo oferecendo ajuda para criar a criança, caso eu quisesse, porém disse que me achava nova demais para tanta responsabilidade. Aí me contou que eu também tinha sido fruto de uma concepção pré-conjugal e que seu casamento não dera certo por terem se casado sem planejamento e às pressas. “Não cometa o mesmo erro”, ele disse. Então tão, cedi à pressão. O argumento havia se tornado muito pessoal e forte demais. Afinal de contas, o embrião era só um amontoado de células, não é mesmo?!

No dia 16 de dezembro de 1981, matei meu filho. Foi em uma “clínica” de fundo de quintal, em uma lavanderia, sob anestesia geral, pelas mãos de um ginecologista ganancioso. Quando recobrei a consciência, comecei a me contorcer de dor e me debati contra uma parede úmida, fria, de pedra, no porão escuro da casa, ouvindo também gemidos de outras mulheres. Cheguei a pensar que linha morrido e que estava no inferno. Ao sair da “clínica” recebemos os medicamentos e as devidas ameaças para manter em sigilo o ocorrido. Além de tudo, tive que fingir que nada havia acontecido.

0 problema do meu namorado tinha terminado, mas o meu acabara de começar! Gradativamente a culpa começou levar-me à loucura. Vivia deprimida e com vontade de morrer. Comecei a fazer psicoterapia, mas a ajuda não passava de certo ponto. Bebia incontrolavelmente e tomava antidepressivos. Aí, aconteceu de novo. Dessa vez, só a ideia de abortar já trazia culpa. Fisicamente eu não tinha condições para fazer outro. Mas, lá fui eu novamente ao “matadouro”. A única exigência que é que deveria ser em um hospital de verdade. E foi. Antes de ir para a sala de cirurgia fui até a janela do meu quarto, olhei para o céu e pedi que Deus me perdoasse. Tive uma “curetagem”. Acordei mais tarde revoltada com meu namorado e com a vida. Tudo era tão injusto!

Pouco depois ficamos noivos e nos casamos no ano seguinte, como manda o figurino. Entre o noivado e o casamento, encontrei a Jesus, ou melhor, Jesus me encontrou. Entreguei a Ele minha vida. Bem… quase toda. Eu achava que “aqueles” pecados eram terríveis demais para ele perdoar. Tive medo que me rejeitasse. Compreender e aceitar que o Senhor perdoa todas as nossas iniquidades veio com o tempo.

Primeiramente, ele foi misericordioso e após nosso casamento, nos deu dois filhos lindos e sadios. Depois, me envolveu em uma escola de evangelização infantil. Suavemente foi me assegurando seu amor e mostrando que me aceitava incondicionalmente. Conversei com meus sogros, que não sabiam de nada e pedi a eles perdão pelo que fizera. Fui perdoada. E, finalmente, perdoei meu marido. O peso foi saindo e o Pai me mostrando que jamais me abandonaria. Mesmo nas horas difíceis estaria ali segurando minha mão e acolhendo meus pequeninos. Por fim, falou direto ao meu coração e eu confessei sem restrições aqueles pecados que pesavam toneladas. Paz, restauração, perdão pleno – o Senhor Jesus me transformou. Lavou-me com seu precioso sangue e fez de mim uma nova criatura.

Esse processo durou quase dez anos e, para mim, esse tempo foi uma prova viva de Sua graça. Estou livre agora. Não vivo mais na dor do passado, mas na alegre expectativa de uma reunião familiar no céu. Louvo a Deus, pois sou uma prova viva de que Deus pode transformar maldição em bênção!

(Transcrito de: Revista Lar Cristã – Vol. 7 – Número 27 – JUN/AGO 1994)


“As sequelas físicas dos abortos são várias desde câncer de mama até esterilidade, mas não necessariamente acontecem em todas as mulheres. As emocionais, no entanto, mais avassaladoras, marcam, machucam e escravizam. Podem trazer depressão, baixa autoestima, culpa, rejeição, amargura, raiva e até mesmo a separação do casal. A mulher geralmente as carrega de forma mais presente que o homem, mas isso não quer dizer que ele fique isento.” (Rose Santiago)


Vale a pena conferir, no artigo abaixo, os dados mundiais e os argumentos, levando-se em conta os países onde o aborto é legalmente proibido e liberado!
…………
Sabe aquele papo de que o número de abortos não aumenta se ele for liberado? É mentira.
https://www.gazetadopovo.com.br/instituto-politeia/sabe-aquele-papo-aborto-mentira/


Veja este documentário sobre o aborto.

Elias, no divã de Deus

Elias no divã de Deus

“Eis que Deus é o meu ajudador, o SENHOR é quem me sustenta a vida.” (Sl 54.4)

Introdução:

O Salmo 54 traduz a expressão de agonia de Davi, em tempos muito difíceis, quando se tem a convicção de que o único socorro possível é o que vem de cima, do Deus altíssimo: “Ó Deus, salva-me, pelo teu nome, e faze-me justiça, pelo teu poder. Escuta, ó Deus, a minha oração, dá ouvidos às palavras da minha boca.” (Sl 54.1-2).

Por mais tenebroso que possa parecer, não se pode deixar de afirmar que, cada ser humano, em algum momento de sua vida deverá vivenciar um ou vários desses tempos difíceis, quando parece ou se tem a certeza de que nenhuma ajuda humana poderá socorrê-lo. Há situações que são complicadas, porém não tão aterradoras, como: a perda de um emprego, a desagregação ou abandono familiar, um imbróglio, que é aquele mal-entendido ou situação confusa em que nos envolveram, um acidente com pequenas sequelas ou uma doença temporária. Entretanto, há outras situações que parecem, ou mesmo, tem-se a certeza de que fogem ao nosso controle, como: estar na mira de uma arma em um assalto, uma doença degenerativa incurável, uma sequela grave de um acidente, uma catástrofe ambiental, a perda repentina (ou não) de alguém muito querido, uma cirurgia de altíssimo risco ou quando estamos diante da nossa própria morte.

Como diz o hino (Onde tudo é feliz) de William Edwin Entzminger: “É de provação a nossa vida aqui? Vamo-la deixar um dia;”. Entretanto, enquanto esse dia não chega é confortador pensar que Deus é o nosso ajudador de todas as horas. Deixando Davi de lado, será edificante refletir sobre outro personagem bíblico – Elias  (1Rs 19). Esse extraordinário profeta de Deus, instrumento do Senhor para a realização de tantos milagres, também vivenciou momentos amargos, pois nenhum ser humano está isento destes. Ele, também, precisou contar com o ajudador divino. As circunstâncias, suas ações e reações e a ação terapêutica de Deus, nos oferecem boa oportunidade de aprendizado.

Revisitando e refletindo sobre os acontecimentos vivenciados pelo profeta chegamos às seguintes lições de vida:

1. QUANDO O CENÁRIO SE APRESENTAR CAÓTICO, PERMANEÇA FIRME NO SENHOR E FAÇA A TUA PARTE!

Durante o ministério do profeta Elias, o cenário nacional se apresentava assim:

CENÁRIO POLÍTICO:

  • O reinado de Acabe e Jezabel, por 22 anos, com um péssimo governo (1Rs 16.29-30; 1Rs 21.25).
  • Prevalecia, na corte: injustiça, falsidade ideológica, associação para o crime, suborno, mentiras e assassinato de inocentes (1Rs 21.1-16).

CENÁRIO ECONÔMICO:

  • Momentos críticos, tempos de escassez e fome, resultado do castigo divino pela rebeldia do povo (1Rs 17; 18.5).

CENÁRIO RELIGIOSO:

  • Abandono de Deus, idolatria (1Rs 16.31-33; 21.26).
  • Perseguição religiosa (1Rs 18.4).
  • Apostasia geral (1Rs 19.10, 14).

Qualquer semelhança com o que está acontecendo em nossa nação pode não ser mera coincidência. Diante de um cenário como esse, há, pelos menos, três situações a se considerar; três papéis a desempenhar:

1ª) Ser protagonista ou responsável por ele, o que sem dúvida é o pior dos casos.

2ª) Ser omisso, quer por alienação da realidade ou por decisão consciente, deixando de ser uma agente de transformação, o que também é reprovável e inaceitável.

3º) Ser instrumento de Deus para lutar contra a injustiça e desordem, lutar para restabelecer a obediência à vontade de Deus aqui na terra. Sem dúvida, esse foi o papel desempenhado por Elias e que deve ser seguido pelos servos de Deus.

O cenário que se observa atualmente, principalmente em nosso país, não é muito diferente daquele, ou seja:

a) O descrédito com a classe política alcançou níveis alarmantes que colocam em dúvida a manutenção da ordem democrática. Além de muitos políticos buscarem seus próprios interesses pessoais e não os da sociedade, muitos deles estão fortemente engajados em desconstruir a ética Cristã. Discursam em favor de minorias, mas investem contra a família e os valores cristãos.

b) A quebra da confiança no governo e nas instituições; a falta de idoneidade, de princípios e de valores desestabiliza toda a economia e gera desemprego.

c) A prevaricação de líderes religiosos, neste início de século 21, muitos deles mercadejadores da Palavra de Deus, bem como o alinhamento com uma teologia liberal, desassociada das exigências de santidade apregoadas na Bíblia, tem gerado uma população evangélica que:

  • Não sabe no que crê, nem se interessa por estudar a Bíblia;
  • É descomprometida com Deus, com o evangelho, com a igreja e com o próximo;
  • Está mais disposta a receber do que em dar, em servir; portanto, consumista e individualista;
  • Está sempre tentando impor a sua vontade, pois não admite se submeter à liderança eclesiástica;
  • Está altamente comprometida com os usos e costumes mundanos que desagradam a Deus; focada em aproveitar, ao máximo, o aqui e agora.

2. QUANDO FAZEMOS A NOSSA PARTE, OS ADVERSÁRIOS SE LEVANTAM!

Elias não se acovardou; enfrentou e provocou a matança dos 450 profetas de Baal, no monte Carmelo (1Rs 18.17-40). Porém, após ser confrontado com a ameaça de morte decretada por Jezabel, temeu e fugiu. O que houve com Elias? Enfrentou 450 profetas idólatras e parece ter se desestabilizado psicológica e emocionalmente com uma mulher. Elias não era muito diferente de nós: “Elias era homem semelhante a nós, sujeito aos mesmos sentimentos,…” (Tg 5.17a). As vezes cansa combater o bom combate da fé, principalmente quando achamos que estamos sozinhos nesta empreitada de trabalhar em prol de uma igreja pura e sem mácula, quando nossos esforços não são compreendidos, nem aceitos.

2.1 Quando os adversários se levantam:

a) O instinto de preservação da vida aflora.

Diante do temor provocado pela ameaça de morte, Elias fugiu. Alguns textos bíblicos nos dão conta de que, nesta fuga, Elias se deslocou bastante:

1º) Do monte Carmelo à entrada de Jezreel.

Ele correu cerca de 27 Km, quase uma meia maratona, provavelmente para confirmar a boa notícia ao rei Acabe, de que os três anos e seis meses de seca se findaram (1Rs 18.44-46); Tg 5.17). Talvez ele achasse que com essa boa notícia poderia impressionar o rei, isto é, o morticínio dos profetas idólatras teria sido necessário para aplacar a ira divina e fazer cessar os tempos de seca. Entretanto, quando soube do ocorrido, a rainha Jezabel, uma mulher infernal, não entendeu dessa forma e decretou sua vingança (1Rs 19.1-2).

2º) De Jezreel à Berseba, cerca de 160Km (1Rs 19.3).

3º) De Berseba ao Monte Horebe (Sinai), o monte de Deus, cerca de 250Km (1Rs 19.8).

b) O estresse se estabelece.

Certamente Elias ficou estressado com o episódio do enfrentamento dos profetas de Baal (1Rs 18) e com a ameaça de Jezabel (1Rs 19.3). Estresse, segundo o Dr. Hans Selye, se traduz pela seguinte fórmula:

Estresse

O estresse conduz ao medo, à fuga, ao isolamento, à entrega, à depressão!

Geograficamente e psicologicamente, Elias desceu ao “fundo do poço”. Nesses 160 Km, (depois mais 250 Km), ele se dirigiu para o sul. Ali, no fundo do poço da sua depressão, ele pediu para si a morte (1Rs 19.4 – comp. Moisés: Nm 11.15; Jó: 6.9; 7.15). A depressão retira o ânimo de vida. Foi assim que ele chegou ao divã de Deus.

c) O toque de Deus se faz sentir.

“Deitou-se e dormiu debaixo do zimbro; eis que um anjo o tocou e lhe disse: Levanta-te e come.” (1Rs 19.5)

Em algum momento difícil da vida, você já foi tocado por um anjo? Que seres são esses anjos? A Bíblia diz: “Não são todos eles espíritos ministradores, enviados para serviço a favor dos que hão de herdar a salvação?” (Hb 1.14). Nessas horas, Deus pode até usar um ser angelical, literalmente falando, porém, muitas vezes, usa um anjo humano mesmo.

As quatro áreas que foram alvo do tratamento divino, são as seguintes:

1ª) Física

A primeira área a ser preservada ou restaurada é a física. O esgotamento emocional provoca a perda do apetite e, consequentemente a debilidade física. A primeira etapa do tratamento divino constituiu-se numa espécie de “coma induzido”: “Olhou ele e viu, junto à cabeceira, um pão cozido sobre pedras em brasa e uma botija de água. Comeu, bebeu e tornou a dormir.” (1Rs 19.6). Quando a etapa física é restaurada, Deus avança para a segunda etapa, a restauração mental e emocional.

2ª) Mental

“Voltou segunda vez o anjo do SENHOR, tocou-o e lhe disse: Levanta-te e come, porque o caminho te será sobremodo longo.  Levantou-se, pois, comeu e bebeu; e, com a força daquela comida, caminhou quarenta dias e quarenta noites até Horebe, o monte de Deus.” (1Rs 19.7-8)

A cura, da alma e da mente, é mais demorada. Elias estava passando por uma terrível crise existencial. Então, o psicólogo por excelência o levou para o seu monte e o deitou no seu divã para um tratamento intensivo. Iniciada a terapia, o questionamento divino convoca o profeta a uma reflexão interior quanto a Missão e Ação: “– Que fazes aqui, Elias?”. Elias abre seu coração diante do Senhor: “Ele respondeu: Tenho sido zeloso pelo SENHOR, Deus dos Exércitos, porque os filhos de Israel deixaram a tua aliança, derribaram os teus altares e mataram os teus profetas à espada; e eu fiquei só, e procuram tirar-me a vida.” (1Rs 19.10).  Sua resposta revela uma autoimagem muito generosa e uma imagem do outro muito rigorosa. Deus não lhe responde de pronto, mas avança para a próxima etapa do tratamento.

3ª) Espiritual

O psicólogo divino não refuta, imediatamente, a resposta do seu paciente. Ainda não era o momento. Ele sabia que Elias necessitava de uma nova visão do seu Deus. Jó também vivenciou essa experiência: “Eu te conhecia só de ouvir, mas agora os meus olhos te veem.”(Jó 42.5). Uma nova visão divina que o transportasse daquele cenário violento, destruidor e traumático da morte dos profetas idólatras (ventania, terremoto e fogo), para o cicio tranquilo e suave que revela um Deus amoroso e misericordioso, “o qual deseja que todos os homens sejam salvos e cheguem ao pleno conhecimento da verdade.” (1Tm 2.4, comp. Lc 9.56). Após essa teofania – a visão de um Deus que tranquiliza o interior – o questionamento divino é renovado: “– Que fazes aqui, Elias?”. A resposta de Elias não se altera, então, o psicólogo divino avança para a próxima etapa; a reinserção social do profeta.

4ª) Social

A reinserção social começa com a ordem de retomada da missão: “vai, volta….” (1Rs 19.15). Elias era um homem solitário, lutando as lutas de Deus. Restaurado física, mental e espiritualmente era hora de prosseguir, ungindo dois reis, Hazael, rei sobre a Síria e Jeú, rei sobre Israel, bem como um profeta, Eliseu, para sucede-lo. Além disso, ele foi confrontado com a verdade de que não era o único instrumento nas mãos de Deus aqui na terra. Havia, ainda, 7000 em Israel que não se dobraram para cultuar a Baal (1Rs 19.18).

3. QUANDO DEUS SE LEVANTA, SUA OBRA CONTINUA!

Elias, que significa “Jeová é Deus”, foi usado por Deus para realizar cerca de 9 milagres. Agora Deus levanta Eliseu que significa “Deus é salvação” para sucedê-lo e realizar cerca de 11 milagres. A obra não para porque Deus levanta a quem quer, quando quer, pelo tempo que quer e para fazer o que ele quer.

Além de usá-lo para preparar o futuro, Deus quis e quer agregar à sua obra colaboradores com o perfil de Eliseu (1Rs 19.19-21):

Ocupados, mas dispostos a trocar ocupações menos nobres, por outras mais nobres.

Responsáveis e obedientes o suficiente para colocar a família no seu devido lugar.

Comprometidos com a sua nova missão, ao ponto de transformar recursos pessoais em benefício coletivo.

Conclusão:

Seja qual for o cenário, sejam quais forem as circunstâncias, “Sede fortes, e revigore-se o vosso coração, vós todos que esperais no SENHOR.” (Sl 31.24).

“Eis que Deus é o meu ajudador, o SENHOR é quem me sustenta a vida.” (Sl 54.4)

Evitando a “Síndrome do ninho cheio”

NinhoCheio

Certamente você já ouviu falar na “síndrome do ninho vazio”. É aquele incômodo ou até mesmo crise existencial que acomete a mãe, o pai ou o casal, depois que todos os filhos deixam a casa paterna para viverem suas próprias vidas. A ausência dos filhos, após tanto tempo de convívio, bem como o cessar das atividades ligadas a eles, trazem aquela esquisita sensação de vazio, de esvaziamento das funções maternas ou paternas, e, em casos extremos, de perda do sentido ou objetivo de viver. Isto pode levar a um quadro de depressão.

Por outro lado, se tornou algo comum nesses tempos pós-modernos, os filhos se casarem muito mais tarde. Essa nova realidade que leva ao convívio prolongado do casal com filhos adultos jovens, tem o potencial de motivar a tal “síndrome do ninho cheio”. Não me refiro àquela frustração dos pais pela incapacidade de criar filhos independentes, incapazes de alçar voo. Não, consideraremos nesta curta abordagem aquela situação ambivalente de, satisfação por ter bem perto de si aqueles que tanto se ama, ao mesmo tempo que se sente aquele desconforto de ter muita gente dando palpite no dia a dia do casal e da família.

O convívio do casal com filhos que dependem deles é algo muito diferente do convívio do casal com filhos adultos jovens. Filhos adultos jovens, normalmente têm independência financeira, agenda própria, opinião formada, não gostam de dar satisfação das suas saídas e dos seus atos e, por vezes, se sentem no direito de interferir e direcionar as decisões do casal. Diante da complexidade de um quadro de relacionamento familiar assim, torna-se conveniente, estabelecer-se uma espécie de acordo de convivência, visando a manutenção de um ambiente familiar pleno de paz e harmonia.

A Família ou Grupo Familiar (GF), na configuração de pais com filhos adultos jovens morando com eles, há de considerar, dentre outros, os dez aspectos abaixo mencionados, que tomam por base a orientação cristã evangélica:

01) AUTORIDADE E LIDERANÇA:

  1. De acordo com os princípios bíblicos, o pai é o cabeça do seu lar e deve exercer sua liderança em plena sintonia com sua esposa, focando o bem da família. Ainda que os filhos adultos jovens tenham maior escolaridade ou cultura do que o casal, devem se submeter à lideranças deles.
  2. A liderança dos pais não deve ser confundida com o direito de impor aos seus filhos adultos jovens, suas ideologias, comportamentos, crenças etc, como que anulando a personalidade de cada um deles.

02) LIBERDADE:

  1. Cada um dos membros do GF tem livre arbítrio para agir de acordo com sua vontade, nos limites da lei, sem perder de vista o fato de que há de prestar contas dos seus atos a Deus.
  2. Dentro do lar, só é permitida a realização de práticas que não violem os princípios e valores estabelecidos pelo casal.

03) COMUNICAÇÃO:

  1. Por uma questão de ordem prática e de segurança, o membro do GF que sai de casa deve manter, pelo menos, um dos demais membros informados do seu destino e previsão de retorno.
  2. Em tempos de tanto desenvolvimento tecnológico é recomendável que o GF tenha um “grupo de contato” num desses aplicativos para smartphones (WhatsApp etc) para facilitar a comunicação.

04) RESPEITO:

  1. A forma de falar e tratar o outro, cordial, educada e respeitosa é essencial para a preservação de um relacionamento familiar saudável.
  2. Vale para a vida toda as orientações bíblicas de que os filhos devem honrar pai e mãe (Ef 6.2) e que os pais não devem irritar seus filhos (Ef 6.4).

05) PERDÃO:

  1. Como ninguém é perfeito, cada membro do GF deve estar atento às suas atitudes e palavras inconvenientes que feriram o outro e buscar sempre uma palavra ou gesto de arrependimento e retratação.
  2. Um relacionamento somente se sustenta se houver predisposição e liberação do perdão por parte da pessoa ofendida ou agredida.

06) FINANÇAS:

  1. Nada mais justo e sensato do que todos os membros do GF que têm rendimentos próprios, arcarem integralmente com o pagamento de suas despesas individuais e, também participarem, de alguma forma e na proporção devida, no pagamento das despesas de moradia do GF.
  2. Não é razoável que os pais sacrifiquem a sua qualidade de vida e lazer para bancar filhos adultos jovens que possuem rendimentos próprios; nem tampouco que pais esbanjadores queiram que seus filhos adultos jovens comprometam seu futuro para bancar os caprichos ou as irresponsabilidades dos pais.

07) COOPERAÇÃO:

  1. A regra básica aqui é a de que cada membro adulto jovem do GF deve ser o responsável pela limpeza e arrumação do seu ambiente e daquilo que usa, individualmente.
  2. Por questões de praticidade é natural que cada GF adote o seu jeito de lidar com essa questão.

08) PRIVACIDADE:

  1. As situações vividas em família são privativas de quem as vivenciou. Nenhum membro do GF tem o direito de divulgar situações constrangedoras dessas vivências sem o consentimento dos envolvidos.
  2. No ambiente de uso individual do membro do GF (quarto) há liberdade para o exercício de várias atividades normais do dia a dia, devendo-se respeitar sempre o nível do som, de modo que não incomode os demais membros da família.

09) USO DOS ESPAÇOS E ITENS COMUNS:

  1. A prioridade de uso dos espaços e itens comuns da casa é do casal. Isso não impede que todos os utilizem com a maior tranquilidade.
  2. O convite a amigos, por parte dos filhos adultos jovens, para visitar ou frequentar a casa, deve ser combinada e aprovada pelo casal.

10) PRESERVAÇÃO DA CONJUGALIDADE

  1. A preservação dos laços conjugais do casal é fundamental para a estabilidade da família e todos os membros do GF devem se empenhar neste sentido.
  2. A “formação de lobby” entre um dos cônjuges e um ou mais filhos adultos jovens, para pressionar ou outro cônjuge, será sempre um fator de risco à continuidade dos laços conjugais.

 Enfim, vale a pena levar a sério esses pontos, evitando-se muita complicação desnecessária.

Os invernos e as primaveras da vida

Balança

Introdução

A vida é feita de contrastes. A primavera segue o inverno. São estações de grande contraste. Nas regiões mais frias, o inverno imobiliza, intranquiliza, congela, enrijece a face, destrói a natureza e descolore as paisagens. Na primavera voltam as folhas, as flores, o calor moderado, as cores e a alegria da continuidade da vida.

A vida é feita de invernos e primaveras, de tristezas e alegrias, de escassez e de fartura, enfim, de perdas e ganhos. O grão de trigo “morre” primeiro, para depois produzir muito fruto (Jo 12.24). O homem “perde” o sêmen da vida, a mulher o “ganha” e uma nova vida física é gerada. Deus “perdeu” o seu Filho unigênito, Jesus Cristo, o mundo “ganhou” o Salvador, o autor da nova vida, da vida espiritual e eterna (Jo 3.16).

1. As crises de passagem da vida

A vida é feita de perdas e ganhos contínuos, necessários e indispensáveis ao desenvolvimento da criatura humana.

a) Útero Materno → “Útero Familiar”

No Nascimento, deixamos o útero materno, com todo o seu aconchego e nutrientes, mas ganhamos o acolhimento do “útero familiar”. Tal processo envolve uma verdadeira e dolorosa crise de passagem, do mundo interior para o mundo exterior; entretanto, proporciona novos desafios, condições de crescimento, oportunidades de relacionamento.

b) “Útero Familiar” → “Útero Social”

Da infância à juventude, deixamos gradativamente o convívio no “útero familiar”, para participar do “útero social”. Tal processo, igualmente envolve crises de passagens, desde o primeiro dia quando a criança passa um bom tempo numa creche ou numa escola, longe da sua zona de conforto familiar. Na sua juventude, também tem que deixar para trás o aconchego da vida acadêmica e seus amigos, para participar dos desafios da vida profissional, em ambientes de muita competição e esforço para manter seu emprego.

c) “Útero Familiar” → “Novo Útero Familiar”

Em algum momento da juventude ou da vida adulta também é necessário deixar, definitivamente, o “útero familiar” para constituir um “novo útero familiar”, através do casamento. Mais uma crise de passagem acontece, mais crítica para uns do que para outros, mas que vem sempre acompanhada de novas e grandes responsabilidades e desafios, como pagar contas, se relacionar bem com o cônjuge, gerar e criar filhos.

d) “Novo Útero Familiar” → “Novo Útero Social”

Ainda na velhice as crises de passagem continuam a acontecer. São os filhos, a que estávamos tão apegados, crescendo e seguindo seus próprios caminhos. Perdemos sua companhia e ganhamos mais tempo para nós, mais liberdade para ir e vir. Alguns chegam a lidar com a Síndrome do Ninho Vazio. Profissionalmente, a carreira se encerra, chega a aposentadoria. É tempo de se envolver com novos grupos de afinidade e levar a vida sem deixar de se sentir útil. É tempo de cuidar dos pais até o último suspiro deles. Enfim, chega também o dia triste e agonizante de se despedir para sempre do cônjuge amado, lançando sobre o seu caixão a última flor. É chegada a hora de decidir o que fazer da vida, ou, dependendo da situação, de seguir o caminho que decidiram por nós.

e) “Útero Terrestre” → “Útero Espiritual”

Ninguém dura para sempre. Então, finalmente chega o dia em que se cumpre o que diz a Bíblia: “e o pó volte à terra, como o era, e o espírito volte a Deus, que o deu.” (Ec 12.7) É tempo de deixar a carcaça neste “útero terrestre” e ser recebido na glória eterna, pelo Pai Celestial, privilégio esse reservado a todos os que creram e receberam a Jesus como seu Salvador e Senhor. É hora de mudar de dimensão e conferir de perto a promessa do Senhor: “mas, como está escrito: Nem olhos viram, nem ouvidos ouviram, nem jamais penetrou em coração humano o que Deus tem preparado para aqueles que o amam.” (1Co 2.9)

2.  Lidando com as perdas da vida

“Pelo que tenho por mais felizes os que já morreram, mais do que os que ainda vivem; porém mais que uns e outros tenho por feliz aquele que ainda não nasceu e não viu as más obras que se fazem debaixo do sol.” (Ec 4.2-3)

Certamente os últimos dias do Rei Salomão não foram tão radiantes assim. Basta ler o livro de Eclesiastes para perceber o sentimento de frustração de um rei que teve tudo o que um mortal poderia usufruir dessa vida terrestre: poder, sabedoria, riqueza, realizações, fama, sexo, prazer, conforto etc. etc. Sua conclusão é que os mais felizes são os que não nasceram, em segundo lugar os que já morreram e em terceiro e último lugar, os que ainda vivem, os que ainda estão respirando e lendo este artigo, por exemplo. Segundo ele, viver é ter que continuar assistindo e ao alcance de toda a maldade humana.

É preciso guardar todos os bons momentos proporcionados pela vida, para ajudar a contrabalançar os maus momentos que temos que passar. Na bíblia, na história, na sociedade, no nosso círculo de amizades, na nossa família, muitos são os exemplos de perdas que provam a existência desse lado sombrio da vida. Jó tinham muitos bens e uma grande família. De forma repentina foi esvaziado de tudo, inclusive de sua saúde. Jacó lutou muito, até com Deus, para realizar seus projetos pessoais. De repente foi privado de sua esposa amada, Raquel, e de seu filho predileto, José. Por pouco ele não sucumbiu a tamanha perda. Conheci uma serva de Deus que, depois de perder seu marido, repentinamente perdeu de uma só vez, num acidente, as três filhas jovens. Pela graça de Deus ela voltou a casar e a sorrir. Com Deus ao nosso lado, sempre é possível recomeçar. Já imaginaram quantas perdas as pessoas têm sofrido na história da humanidade? São pais com filhos desaparecidos, sequestrados ou mortos violentamente que nunca mais retornaram ao convívio da família. São famílias inteiras dizimadas em acidentes aéreos, terrestres e marítimos; em desastres naturais, catástrofes e epidemias. Não dá para seguir a vida com os olhos fixos no mal que nos cerca. Antes, porém, é bem melhor seguir o conselho do profeta de Deus: “Quero trazer à memória o que me pode dar esperança.” (Lm 3.21). É preciso contar as bênçãos e se fixar nelas!

Não é fácil aceitar a morte de um ente querido idoso; quando se trata de alguém jovem, muito menos ainda. Quando estamos numa embarcação que naufraga precisamos nos apoiar em algo para não afundar. Se não há botes ou coletes à disposição, os destroços disponíveis, apesar de paliativos,  são quebra-galhos bem-vindos. Quando se lida com uma grande perda é comum questionar a Deus: “Por que? Ou, Para que?” Isso está acontecendo… Como num naufrágio necessitamos avidamente de algo concreto em que nos apoiar, de uma resposta que faça calar nossos questionamentos e inconformismo com tão abrupta e inesperada perda. Um “destroço” qualquer já ajudaria. Pensei, então, em alguns “destroços”:

1º) O Senhor Deus o queria tanto que o tomou para si, como fez com Enoque e Elias.

2º) O Senhor o poupou do mal ou do mau que estava por atingi-lo (“Perece o justo, e não há quem se impressione com isso; e os homens piedosos são arrebatados sem que alguém considere nesse fato; pois o justo é levado antes que venha o mal”) (Is 57.1)

3º) Sua missão era curta e exigia um fim “trágico” para impactar vidas e alcançar os propósitos de Deus (Estêvão – At 7, missionários em terras hostis etc.).

4º) Ele não era tão bom e santo quanto aparentava ser e a mão de Deus pesou sobre ele. Conheci pessoalmente pelo menos dois casos (um era cristão e o outro não), de homens casados que viviam em adultério oculto, que foi revelado nas suas mortes trágicas. Jamais conseguiremos saber se essas mortes “prematuras” foram punição de Deus; entretanto, o fato é que com Deus não se brinca!

5º) Ele confiava exageradamente em si mesmo, na sua justiça própria; e Deus o derrubou da sua altivez. O Jó da bíblia era um pouco assim.

Em vez de ficar se apoiando num desses “destroços” acima citados, é melhor admitir que o Senhor está no controle e ele quis assim: “o SENHOR o deu e o SENHOR o tomou; bendito seja o nome do SENHOR!” (Jó 1.21b). Lembre-se de que os “destroços da embarcação” são meios temporários e paliativos de sobrevivência. Você não pode viver à deriva nas águas de um “naufrágio existencial”. Logo, logo você irá sucumbir também. Mova-se imediatamente para terra firme onde é o seu lugar!

3. Lidando com os questionamentos

a) Se uma pessoa honra a pai e mãe, como pode morrer jovem?

Como entender a promessa de Deus: “Honra a teu pai e a tua mãe (que é o primeiro mandamento com promessa, para que te vá bem, e sejas de longa vida sobre a terra.” (Ef 6.2-3). Encontro, pelo menos três explicações para esta promessa:

1ª) Não há aqui uma garantia total de longevidade. O assunto da longevidade é muito mais amplo e complexo do que se pode imaginar. Nossa vida não se resume a honrar pai e mãe, há muitas outras variáveis envolvidas. Jesus honrou os pais terrenos e o Pai Celestial e morreu jovem, com 33 anos.

2ª) Jesus disse: “Porque Deus ordenou: Honra a teu pai e a tua mãe; e: Quem maldisser a seu pai ou a sua mãe seja punido de morte.” (Mt 15.4; ver Ex 21.17 e Lv 20.9). Ou seja, quem destratasse a seu pai ou sua mãe, pela lei mosaica era sentenciado à morte. Assim sendo, poderia morrer como castigo, e não, mais adiante, por morte natural.

3ª) Finalmente, e para não me alongar muito, é fácil perceber que quem honra a pai e mãe, isto é, respeita-os e segue os seus bons conselhos tem muito maior probabilidade de viver mais do que quem os ignora.

b) Como contrair novas núpcias, sem culpa?

Se no dia do casamento você fez promessas ao cônjuge que se foi (morreu), lembre-se de que elas foram finalizadas assim: “até que a morte nos separe”. Assim, você foi fiel a ele(a) e agora está livre para assumir um novo relacionamento, se isso é exatamente o que você está precisando; se isso for o melhor para a sua vida. É bíblico (1Co 7.39); é previsto na lei de Deus e na lei dos homens e pode ser útil e necessário à sua sobrevivência. Como nas primeiras núpcias, é mais do que importante que isso seja feito com calma, maturidade e plena convicção do coração.

Guarde em sua mente a boa lembrança daquele(a) que se foi, mas retire-o(a) do seu cotidiano, caso contrário você viverá tropeçando em fantasmas e terminará sua vida na dependência de medicamentos ou num manicômio. Deixe o passado passar; diga “adeus” ou “até breve” ao(a) que se foi e vá em frente!

c) Como posso viver sem essa pessoa?

A vida precisa seguir ou retornar ao seu curso natural! Não coloque sobre si fardos que você não possa suportar! Deus dimensiona um fardo para cada um (Gl 6.5). Cuidado, pois o texto bíblico diz: “levai as cargas uns dos outros” (Gl 6.2) e não “Levai as cargas de todos os outros”!

Resiliência é uma palavra que se torna cada vez mais conhecida. É um termo que vem da física, como o fenômeno de retorno da mola, quando cessa a pressão sobre ela; é o retorno à posição vertical daquele boneco “João teimoso”. Na psicologia, significa o poder de recuperação do indivíduo após ser submetido a situações estressantes e dolorosas, a perdas, a calamidade. “O equilíbrio humano é semelhante à estrutura de uma construção; se a pressão for superior à resistência, aparecerão rachaduras (doenças e lesões, por exemplo). Dentre as mais diferentes doenças psicossomáticas que se manifestam no indivíduo que não possui resiliência, estão não apenas o estresse, mas doenças graves como a gastrite até a síndrome do pânico, doenças intestinais, hipertensão arterial, entre outros males” (Dr. Alberto D’Auria). Precisamos ser como bambus e varas verdes, que se dobram sob a pressão do vento, mas não se quebram. A vida é feita de perdas e ganhos, não podemos paralisá-la diante das perdas. Em nome de Jesus é preciso se libertar do passado. Isso é doentio! Não vale a pena ficar no fundo do poço: “Então, disse eu: já pereceu a minha glória, como também a minha esperança no SENHOR.” (Lm 3.18).

A depressão pode surgir do vazio da alma, pela perda de alguém ou de alguma coisa preciosa, que necessita ser preenchido imediatamente. Jesus nos ensinou isso. Quando ele estava para voltar para o Pai, sabedor do vazio que isso traria à almas dos discípulos, logo os confortou dizendo que quando ele fosse, enviaria o Consolador, o Espírito Santo. Não cultue o vazio; preencha-o com algo precioso!

Conclusão:

Não seja insensato nem insano, deixe o inverno passar e receba com ações de graças a primavera que Deus te oferece!


Nota: A motivação deste artigo foi a perda de um grande amigo, com 38 anos de idade, há um ano atrás (21/09/2012), de forma abrupta e inesperada. Um marido fiel, pai de três filhas, servo de Deus, executivo bem sucedido de uma grande empresa, carismático e espaçoso em nossos corações. Entretanto, cesse agora todo o choro e toda a lágrima porque ele está melhor do que nós, está com o Pai Celestial. E a vida precisa continuar. Nós iremos a ele, mas ele não mais virá a nós!

“o SENHOR o deu e o SENHOR o tomou; bendito seja o nome do SENHOR!” (Jó 1.21b)