Categoria: Escatologia

“E, estando eles com os olhos fitos no céu, enquanto Jesus subia, eis que dois varões vestidos de branco se puseram ao lado deles e lhes disseram: Varões galileus, por que estais olhando para as alturas? Esse Jesus que dentre vós foi assunto ao céu virá do modo como o vistes subir.” (At 1.10-11)

Na ocasião a que se refere o texto acima – a ascensão de Jesus – tudo o que mais se desejava era ficar ali parado, olhando para cima, para o Mestre e Salvador, para o Filho Unigênito que voltava para a casa do Pai. A ruptura do convívio direto e pessoal com o Mestre era de um vazio e perplexidade inimagináveis, muito além do que você já sentiu ou virá a sentir com a separação, pela morte, da pessoa que você mais ama. Porém, os seguidores do Mestre não poderiam se render ao desânimo e a desolação. Era preciso seguir em frente; olhando para a terra, para as coisas desta vida, sem perder a visão do céu. O Espírito Santo, o alter ego, seria derramado em profusão sobre eles. A igreja seria formada e consolidada para cumprir a sua missão aqui na terra, até o seu último dia, o dia do arrebatamento.

Desde o início da igreja a recomendação era para se estar com os pés na terra e a cabeça nos céus, isto é, viver a vida de cada dia (sem alienação existencial) e, ao mesmo tempo, cumprir o “ide, pregai e ensinai” de Jesus, não esquecendo da prioridade existencial: “Pensai nas coisas lá do alto, não nas que são aqui da terra;” (Cl 3.2).

Pois bem, já se passaram quase dois mil anos. A impressão que se tem hoje é que os pensamentos e olhares do ser humano, inclusive dos cristãos, estão detidamente fixados apenas nas coisas aqui da terra, no aqui e agora; quer nas muitas realizações humanas, quer nas crises e catástrofes locais e mundiais.  Os olhares não saem das telas de vários tamanhos dos aparelhos eletrônicos, do celular às das megas TVs, passando pelos microcomputadores, nas suas várias formas, e tantos outros. O mundo jaz nas telas!!! Nada contra o tremendo desenvolvimento humano em todas as áreas! Aliás, a “multiplicação do saber” já estava prevista no kairós de Deus para os últimos dias (Dn 12.4). O perigo é que o ser humano “está se achando” e, deletando Deus da sua vida…

Mas temos uma boa, ou má, notícia para os viventes (dependendo da posição de cada um em relação ao Senhor e Salvador Jesus Cristo): o dia do arrebatamento da igreja está chegando. Só pra refrescar a memória de alguns, este é o próximo e iminente evento previsto na “cronologia do fim”, conforme mostrado na figura abaixo. Estamos vivendo no “Tempo dos Gentios” e na “Era da Igreja” “até que haja entrado a plenitude dos gentios” (Rm 11.25). Então virá o arrebatamento. Num lapso de tempo equivalente ao abrir e fechar de olhos muita coisa vai acontecer naquele glorioso dia (1Co 15.51-52).

Finalizando, deixo para sua reflexão as recomendações do apóstolo Paulo, tão oportunas para esses dias que antecedem o arrebatamento da igreja: “Isto, porém, vos digo, irmãos: o tempo se abrevia; o que resta é que não só os casados sejam como se o não fossem; mas também os que choram, como se não chorassem; e os que se alegram, como se não se alegrassem; e os que compram, como se nada possuíssem; e os que se utilizam do mundo, como se dele não usassem; porque a aparência deste mundo passa.” (1Co 7.29-31)

CRONOLOGIA DO FIM