As dez máximas do Evangelho

“Porque Deus amou ao mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo o que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna.” (João 3.16)

Esta conjunção coordenativa explicativa que inicia o versículo é seguida da: maior resposta à necessidade humana de salvação eterna; maior expressão da graça divina.

O maior e mais poderoso ser eternamente existente, tanto no mundo espiritual como no material, o Supremo Criador, Sustentador e Governante do universo visível e invisível aos olhos humanos. (At 17.24-28)
A maior e mais excelente virtude que há, sendo ela a própria essência de Deus (Deus é amor!). (1Jo 4.7-8; 1Co 13.13)
O maior conjunto de seres humanos, os habitantes do planeta Terra de todas as épocas. (Jo 17.3)
O maior grau de intensidade, inalcançável pela mente humana. (1Jo 4.11; 1Pe 1.18-19)
A maior demonstração e prova do verdadeiro amor, o maior e perfeito sacrifício vicário (substitutivo) pelo pecador condenado pela justiça divina (eu, você e todos os outros humanos). (1Jo 4.10)
O ser mais sublime, o Deus-homem e homem-Deus, único, a expressão máxima do ser de Deus – Jesus Cristo. (Cl 1.15)
O ser humano mais privilegiado e bem-aventurado – aquele que crê no Filho de Deus. (Jo 3.36)
O maior e mais importante livramento que o ser humano pode experimentar – da morte eterna ou da eterna separação do Criador. (Rm 5.12)
O maior desejo e anseio humanos, o de “ter” algo de valor, que muitas vezes se mescla ou se confunde com o de “ser” (Ex.: ter saúde – ser saudável etc.). (Mc 8.36)
O maior e mais precioso tempo de existência, incomensurável. (1Co 2.9)

Diante dessa tão extraordinária e sublime revelação, qual tem sido a sua atitude?

Paulo Raposo Correia

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Qualidade Total de Vida

Vida Abundante

Estava arrumando alguns papeis e encontrei o editorial abaixo que escrevi em novembro de 1993. Naquela ocasião o Brasil estava passando por um momento difícil, muito parecido com o que estamos vivendo hoje. O presidente “Fernando Collor foi afastado pela Câmara dos Deputados em 2 de outubro de 1992 e renunciou ao mandato em 29 de dezembro do mesmo ano. Itamar Franco assumiu interinamente na qualidade de vice-presidente até a data de renúncia de Fernando Collor, tomando posse 29 de dezembro de 1992.” (Wikipédia)


“..eu (Jesus Cristo) vim para que tenham vida e a tenham em abundância” (João 10.10)

0 cenário atual pode ser resumido na seguinte avaliação feita por Robinson Cavalcanti (*):

“Do ponto de vista dos ciclos históricos, o século XX já terminou. Além da angústia sempre presenciada nos fins de século e fins de milênio, estão ruindo os pilares da civilização contemporânea no Ocidente:

  1. A crise da concepção de homem – naturalmente bom, conforme ensinava Rousseau;
  2. A crise da concepção de história – linearmente sempre ascendente, conforme ensinava Comte;
  3. A crise da concepção do conhecimento, de possibilidades ilimitadas pelo método científico;
  4. A crise das utopias, notadamente do marxismo-leninismo.

Por esse conjunto de propostas ‘um homem bom, dotado de um conhecimento ilimitado, construiria uma história ascendente em direção a uma idade de ouro’. Tudo isso falhou.”

A situação é grave!

É pura ingenuidade acreditar que sozinhos os homens poderão colocar em ordem esse caos.

É hora de admitirmos nossa incapacidade histórica de erguer uma sociedade justa e próspera.

É hora de removermos os falsos conceitos e ideias que se propagaram ao longo das últimas décadas, a começar pela teoria evolucionista e ateísta de Darwin.

É hora de quebrarmos o paradigma evolucionista que, como pseudociência, nos legou uma sociedade relativista, sem certos e errados.

É hora de ouvirmos a comunidade científica criacionista e suas incontestáveis provas da existência de um Ser Criador do universo. A humanidade vem pagando um preço muito alto, desde 1860, quando os representantes da igreja menosprezaram a pesquisa científica, como se fé e ciência fossem coisas antagônicas. Felizmente, surge um novo tempo no qual a ciência apresenta grandes contribuições para a Fé Cristã.

É hora de, com humildade, recorrermos ao Criador dos céus e da terra, numa parceria vital.

É preciso redescobrir os absolutos de Deus – seus padrões, princípios e valores – conforme expostos na Bíblia. Até mesmo aqueles que se consideram cristãos necessitam urgentemente reconsiderar esses padrões que norteiam a sociedade alternativa de Deus. Com certa frequência, a igreja cristã tem se afastado do desafio de viver em conformidade com esse paradigma, mergulhando numa respeitabilidade burguesa e conformista. Nessas ocasiões, fica quase impossível distingui-la do mundo pagão: perde a sua salinidade; a sua luz se extingue; demonstra sinais de esclerose e esterilidade, na mesmice repetitiva do seu separatismo e do seu legalismo, do seu dogmatismo e denominacionalismo; isola-se, volta-se para dentro, encapsulando-se no ativismo religioso.

A autoridade do declarante, “eu (Jesus Cristo) vim”, é apoiada no fato de que ele é: o representante visível, do Deus invisível; o primogênito e Senhor de toda a criação; o Criador e o poder que conserva todas as coisas; a encarnação da natureza de Deus; superior a todos os seres humanos e celestiais; e universalmente supremo.

A natureza da vida que ele oferece – abundante, plena, total – não é definida em termos de “quantidade” de anos, bens, amigos, títulos etc.; antes, porém, em termos de “qualidade”. Ele veio ao mundo para entregar sua vida ali na Cruz do Calvário, em substituição a nossa, pois a justiça divina determina: “a alma que pecar, essa morrerá” (Ezequiel 18.20). Quando, pela fé, nos rendemos diante do seu sacrifício expiatório, obtemos a reconciliação com Deus. A partir daí ele passa a habitar em nós, através do seu Espírito Santo, que duplica em nós a própria vida de Cristo – Cristo passa a viver em nós! – e, então tudo se transforma: paz com Deus, paz interior, amor e serviço a Deus e ao próximo.

Receba agora mesmo “o dom gratuito” de Deus – Jesus Cristo. Sua vida terá qualidade total e acima de tudo será eterna!

(*) (1944-2012) Bacharel em Direito e licenciado em Ciências Sociais

Paulo Raposo Correia


(Editorial extraído do Boletim com a Liturgia do Culto em Ações de Graças pelos 70 anos da TELERJ, celebrado na Catedral Presbiteriana do Rio de Janeiro, em 23/11/1993, por iniciativa de um grupo de empregados evangélicos)

O presente de Deus para você

Presente de Deus

O natal vai se aproximando e parece que crianças, adolescentes, jovens e adultos não conseguem deixar de pensar numa coisa, ou melhor, num pacote ou embrulho chamado de PRESENTE. Uns, ficam ansiosos para ganhar; outros, preocupados em comprar para dar. Quanta correria, atropelo e irritação desnecessários nas ruas e lojas da cidade! Quando criança, duas datas em particular me fascinavam mais: o dia do meu aniversário e o natal. O motivo é óbvio, os presentes que ganhava nessas ocasiões. Já que a maioria está focada em presente, vamos refletir um pouco sobre o presente de Deus para você.

Cada tópico que estamos desenvolvendo aqui daria assunto para se escrever um livro, se abordado em suas vertentes teológicas. Entretanto, nosso objetivo é ser claro, simples, objetivo e criativo nessa abordagem. Então, vejamos:

1. A motivação

Por que presentear? Em alguns casos e para algumas pessoas é mais porque a maioria faz, está na moda ou é politicamente correto. Felizmente, para tantos outros, dar presente é uma forma de demonstrar apreço pelo outro, porque o outro é importante para nós, porque queremos agradá-lo. Conta-se que para iniciar o contato com uma tribo indígena desconhecida, talvez hostil, a estratégia é você se aproximar um pouco, deixar alguns presentes num lugar visível e voltar depois. Se encontrar ali os presentes deles, isso é o sinal de que você é bem-vindo.

Como você bem sabe, muitas são as motivações para se presentear. Entretanto, motivação não é tudo. O presente precisa agradar; se for útil é melhor ainda!

Deus teria alguma razão ou motivação para nos dar algum presente especial? Assim como os pais estão cotidianamente dando alguma coisa para os seus filhos e, em ocasiões especiais, dão presentes especiais, Deus também age conosco. Em toda a Bíblia, Deus Pai se revela como um Deus que dá! Nos dá a vida, nos dá um planeta singular para habitar e cultivar, nos dá o domínio sobre as demais criaturas, nos dá os suprimentos para subsistência, sol, chuva etc. Tudo isso, entretanto, não era o suficiente. O pecado, a rebeldia do homem contra Deus, desde o Éden, desde de Adão, havia colocado todo ser humano numa condição de vida física temporária e morte eterna, isto é, eterna separação de Deus. Viu Deus que não havia humano capaz de reverter esse trágico quadro, reconciliando Deus com a raça humana, então, ele mesmo tomou a iniciativa: “Viu que não havia ajudador algum e maravilhou-se de que não houvesse um intercessor; pelo que o seu próprio braço lhe trouxe a salvação, e a sua própria justiça o susteve.” (Is 59.16)

2. O presente

O presente especial de Deus e o seu bem maior é o seu Filho Unigênito – Jesus Cristo. Ele é a expressão máxima do amor de Deus: “Porque Deus amou ao mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo o que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna.” (Jo 3.16). Jesus é o “presente” mais valioso, útil e necessário que um ser humano pode receber: “….a saber, que Deus estava em Cristo reconciliando consigo o mundo, não imputando aos homens as suas transgressões, e nos confiou a palavra da reconciliação.” (2Co 5.19).

No livro surpreendente, cheio de lances emocionantes, “O totem da paz”, Don Richardson narra com realismo a incrível transformação que o Filho da Paz, Jesus, trouxe ao coração dos Sawis. Entre os Sawis, uma tribo de canibais caçadores de cabeças, a traição era mais que uma filosofia de vida, era a maior virtude. Em 1962, Don Richardson e sua esposa Carol foram à terra dos Sawis levando a história de um herói diferente, cuja mensagem era amor, e não traição; perdão, e não vingança, a história do Filho da Paz, enviado por Deus. Entretanto, estava difícil comunicar a eles esta mensagem. Ocorreu ali uma cerimônia solene entre tribos em conflito para selarem um pacto de paz. O chefe guerreiro de uma tribo ofereceu o seu único filho, um bebê, ao chefe guerreiro da outra tribo. Enquanto a criança vivesse haveria paz entre eles. Assim, a tribo que cedeu a criança não poderia atacar a tribo que recebeu a criança, pois esta a mataria. Por outro lado, a tribo que recebeu a criança tinha que se esforçar para mantê-la viva, para não cessar o período de paz. Deus, então, inspirou aqueles missionários para apresentarem Jesus como o “totem da paz”, sendo que este jamais morrerá. Assim, estabeleceu uma paz permanente entre Deus e os homens.

3. A ocasião especial

Há, em cada sociedade, algumas datas mais significativas e mais comemoradas. A sociedade atual, inclinada ao consumismo, cada vez mais tem transformado essas datas em ocasiões para a troca de presentes. Assim, algumas datas têm sido cuidadosamente trabalhadas pelos marqueteiros para alavancar muitas vendas.

Que ocasião Deus escolheu para dar o seu valioso presente à raça humana? Tal intenção de Deus já havia sido manifestada há cerca de seis mil anos (Gn 3.15). Entretanto, diz a Bíblia: “vindo, porém, a plenitude do tempo, Deus enviou seu Filho, nascido de mulher, nascido sob a lei,” (Gl 4.4). No “Kairós” divino (o tempo oportuno, o momento certo), o tempo de Deus, esse presente foi dado aos homens, cumprindo as profecias. Então, há cerca de dois mil anos atrás, se deu o “primeiro natal”.  Este era o momento certo, porque apresentava muitas condições favoráveis à propagação das boas novas do Evangelhos ao mundo conhecido de então.

4. A “embalagem”

Com a devida licença poética, podemos identificar nesse presente de Deus duas “embalagens”. A VIRGEM MARIA e a ENCARNAÇÃO. Ambas temporárias pois “revestiram” Jesus por breve tempo.

Primeiramente Deus escolheu Maria; seu útero e corpo. Sem dúvida, uma jovem simples, mas encontrada digna para tal missão e privilégio, que sempre soube muito bem o seu lugar e papel: “Então, disse Maria: A minha alma engrandece ao Senhor, e o meu espírito se alegrou em Deus, meu Salvador, porque contemplou na humildade da sua serva. Pois, desde agora, todas as gerações me considerarão bem-aventurada, porque o Poderoso me fez grandes coisas.” (Lc 1.46-49). Irônica e lamentavelmente tem muita gente por aí equivocada, atribuindo um valor a essa “embalagem” que ela não tem; chegando ao extremo de valorizar e cultuar mais a “embalagem” do que ao próprio presente!!!

A segunda “embalagem”, a encarnação, era a única forma de tornar visível e acessível o valioso presente de Deus. “E o Verbo se fez carne e habitou entre nós, cheio de graça e de verdade, e vimos a sua glória, glória como do unigênito do Pai.” (Jo 1.14). Foi por obra e graça do Espírito Santo que esse presente de Deus, Jesus, foi gerado e cuidadosamente “embrulhado” no útero de Maria: “Respondeu-lhe o anjo: Descerá sobre ti o Espírito Santo, e o poder do Altíssimo te envolverá com a sua sombra; por isso, também o ente santo que há de nascer será chamado Filho de Deus.” (Lc 1.35).

5. O preço

Você conhece bem aquela expressão publicitária “… não tem preço”. Pois bem, jamais teremos condições de avaliar ou quantificar o preço desse presente de Deus. Nessa breve abordagem, basta lembrar que esse preço passa pela doação de Deus do seu Filho único (Jo 3.16); que Jesus deixou a glória celestial para viver as limitações da vida humana (Jo 17.4-5), porém sem pecado (Hb 4.15); sofreu, foi humilhado e morto, fazendo-se maldição em nosso lugar (Gl 3.13). Sinta toda a força dessa expressão de Jesus, na sua oração: “Eu te glorifiquei na terra, consumando a obra que me confiaste para fazer; e, agora, glorifica-me, ó Pai, contigo mesmo, com a glória que eu tive junto de ti, antes que houvesse mundo.” (Jo 17.4-5). Mas todo esse esvaziamento e entrega não foram em vão: “vemos, todavia, aquele que, por um pouco, tendo sido feito menor que os anjos, Jesus, por causa do sofrimento da morte, foi coroado de glória e de honra, para que, pela graça de Deus, provasse a morte por todo homem.” (Hb 2.9)

Por falar em preço, a quem foi pago? Alguns pensam que foi a Satanás. Certamente que não! Tal preço foi pago à santidade e justiça de Deus. A santidade de Deus impede a comunhão do homem pecador com ele; a justiça de Deus condena o pecador e exige a punição do pecado cometido. Só Jesus foi encontrado capaz de satisfazer a justiça de Deus, morrendo em lugar do pecador, possibilitando o homem caído de se aproximar de Deus, pela fé na obra redentora efetuada por Jesus, na cruz do calvário! “sabendo que não foi mediante coisas corruptíveis, como prata ou ouro, que fostes resgatados do vosso fútil procedimento que vossos pais vos legaram, mas pelo precioso sangue, como de cordeiro sem defeito e sem mácula, o sangue de Cristo, conhecido, com efeito, antes da fundação do mundo, porém manifestado no fim dos tempos, por amor de vós” (1Pe 1.18-20)

6. A entrega

Um presente especial não pode ser entregue de qualquer maneira. Isso não significa que a entrega tenha que ser feita com luxo, pompa e sofisticação. A entrega desse presente de Deus tem confundido e desapontado muita gente, principalmente os judeus religiosos do tempo de Jesus, que aguardavam a chegada de um Messias Rei e Libertador. Para estes o Messias nasceria num palácio, por isso uns magos foram procurá-lo no palácio de Herodes, em Jerusalém.

Então, por que essa entrega foi especial? A resposta a essa pergunta nos revela mais uma das muitas belas mensagens e lições desse primeiro Natal, que deve ser lembrada em todos os outros natais. Vejam essas cenas da entrega:

  1. Os céus baixaram até a terra. O anjo se manifestou em glória e anunciou o ocorrido aos pastores no campo. As milícias celestiais louvaram a Deus (Lc 2.8-14). Uma estrela diferente brilhou no céu de Belém.
  2. O menino Jesus nasceu de gente simples, num lugar simples e incomum, numa estrebaria de Belém (Lc 2.7). Seu nascimento foi anunciado a simples pastores, no campo, que não tardaram a ir ao seu encontro e sendo os primeiros a divulgar a outros as boas novas.

Percebam a mensagem:

Natal é a mais extraordinária conexão entre: o eterno de Deus e o finito do homem; entre a grandeza e glória celestiais e a simplicidade e humildade do coração humano; entre o Príncipe da Paz e Salvador do mundo, Jesus, e o ser humano que se desnuda de todo e qualquer mérito próprio e autossuficiência para recebê-lo, amá-lo, obedecê-lo e servi-lo.

7. A recepção

Como as pessoas reagem quando recebem presentes? As vezes com muita alegria, outras vezes com o sorriso desconcertado da frustração velada. O nascimento de Jesus foi anunciado pelos anjos, aos pastores, como “boa-nova de grande alegria, que o será para todo o povo:” (Lc 2.10). Naquele primeiro natal, Jesus foi recebido com muita alegria e glorificação a Deus, pelos seus pais terrenos, pelos pastores no campo, por Simeão, por Ana, por uns magos do oriente e por todos aqueles que creram no quanto aquele presente de Deus era especial. Ao longo do seu ministério terreno essa alegria se repetia aonde Jesus chegava: “Ao regressar Jesus, a multidão o recebeu com alegria, porque todos o estavam esperando.” (Lc 8.40). Desde então, essa alegria tem se repetido na vida daqueles que o recebem.

8. Seus efeitos

Jesus dividiu a história humana em dois momentos, antes (aC) e depois da sua vinda (dC). Jesus também dividiu a minha vida e a de muitas pessoas em dois momentos: antes, criatura de Deus, pecador e perdido eternamente; depois, filho de Deus por adoção, salvo eternamente.

Jesus veio trazer paz e esperança a terra, no presente; e, vida eterna, que começa aqui e agora. Penso que o melhor presente que alguém pode receber é um futuro eterno e glorioso junto a Deus!

9. Nossa retribuição

Quando se ganha um presente é natural querer retribuir, se possível no mesmo nível de valor do presente recebido. Como você pode retribuir esse presente de Deus, que não tem preço? Aí vão algumas dicas:

  1. Entregue a Deus o que você tem de mais precioso: seu coração, sua vida por inteiro. Receba essa palavra vinda de Deus para você: “Dá-me, filho meu, o teu coração, e os teus olhos se agradem dos meus caminhos.” (Pv 23.26).
  2. Conheça melhor a Deus e o seu plano para tua vida, através da leitura da Bíblia e oração: “Conheçamos e prossigamos em conhecer ao SENHOR; como a alva, a sua vinda é certa; e ele descerá sobre nós como a chuva, como chuva serôdia que rega a terra.” (Os 6.3)
  3. Celebre e louve a Deus diariamente através da tua vida e das tuas ações.
  4. No natal, enfeite o ambiente, mas não sofistique, nem discrimine pessoas! Lembre-se que natal é a conexão da glória divina com a simplicidade e humildade humanas. Deixe fluir o que há de mais puro e verdadeiro – o amor. Que o amor de Deus por nós humanos, promova e incentive o nosso amor pelo nosso próximo.

10. Mensagem Final

Neste natal e por toda a tua vida, não cometa o desatino de valorizar mais: a data do que o aniversariante, Jesus, o precioso presente de Deus; a “embalagem”, Maria, do que o presente, Jesus; a preparação, a decoração, a alimentação do que a celebração e louvor a Deus; o gasto desenfreado com a compra de presentes do que a alegre e abençoadora oportunidade de confraternização entre as pessoas.

Que Deus tenha misericórdia daqueles que ainda não entenderam o sentido do natal!

Apesar de você…

Apesar de você

Era quase manhã, de mais um dia ensolarado e quente que, como sempre, não pedia permissão para chegar. Chegava como tantas outras vezes, de mansinho, com infinitos raios, batendo na vidraça da varanda, se espremendo por entre as frestas do blackout da cortina da janela.  Mas, ainda não era hora de acordar. Longe disso, era hora de virar para o lado, fechar os olhos e voltar a dormir. Quem disso que isso seria tão fácil assim. Lá estava o criado mudo, com o relógio digital sobre ele, assinalando em números bem grandes, iluminados, a hora 5:05. De imediato esses números adentraram meus olhos semiabertos e meu cérebro, quase adormecido, viu ali um inexplicável SOS. Nenhuma razão aparente havia para tal associação, pois apenas as preocupações corriqueiras e normais da vida me faziam companhia quando fui para a cama. Além disso, inexplicavelmente e do nada,  ecoava, insistentemente, em minha mente o antigo e famoso refrão daquela música do Chico Buarque: “Apesar de você / Amanhã há de ser / Outro dia”.  Que coisa estranha! Por que essa música, do tempo da ditadura militar em nossa pátria, perturbava agora o meu sono? Já fazia tanto tempo que a tinha ouvido pela última vez ou pensado no assunto; por que isso agora? Como não dava pra explicar, o melhor mesmo era tirar proveito da junção das duas coisas e refletir, mais tarde e bem acordado, sobre algo como “SOS humanidade”; ou, mais especificamente, “SOS povo brasileiro”.

“Apesar de você”…..

Você quem? Ou, você o que? Esse “você” da composição era muito real, era uma referência à ditadura. Mas, também pode significar um ser vivo ou uma coisa, uma situação; ou vários seres ou coisas e várias situações que, agindo sem pedir licença, transformam felicidade em tormento, alegria em dor, tranquilidade em complicação, enfim, vida em sofrimento. Por exemplo e desabafando….:

Apesar de você, democracia, que era cantada e exaltada como luz a irromper desalojando a escuridão da ditadura militar, nossas vidas continuam reféns dos mandos e desmandos dos poderes, das instituições e das situações cotidianas…. Amanhã há de ser outro dia.

Apesar de você, governo ou administrador público, irresponsável, incompetente ou corrupto, que não se satisfaz, em sua voracidade, com poucos impostos, enquanto nem de longe devolve à sociedade a contrapartida de serviços dignos de um cidadão…. Amanhã…

Apesar de você, político corrupto, que só está interessado em aumentar sua conta bancária, em vez de produzir resultados que efetivamente melhorem o dia a dia da população…. Amanhã…

Apesar de você, juiz ou desembargador corrupto, que ultraja a justiça, quando permite que o suborno dos poderosos, solapem o legítimo direito dos mais fracos….. Amanhã…

Apesar de você, policial irresponsável ou corrupto, que desampara ou achaca o cidadão, enquanto corre atrás apenas dos seus próprios interesses…. Amanhã…

Apesar de você, fiscal corrupto, que permite que impostos sejam sonegados, prejudicando o investimento no atendimento das nossas crianças e do nosso povo, porque o que lhe interessa mesmo é o seu conforto e bem-estar pessoal…. Amanhã…

Apesar de você, agente da vigilância sanitária irresponsável e corrupto, que permite que bens e alimentos que prejudicam a saúde da nossa gente estejam em circulação, e que serviços sejam prestados de forma precária, porque o que mais lhe importa é o enriquecimento ilícito….. Amanhã…

Apesar de você, burocracia infernal, que faz com que os inventários pareçam não ter fim e os processos se arrastem indefinidamente na justiça ou nos órgãos públicos, prolongando a agonia do cidadão…. Amanhã…

Apesar de você, empresário sem escrúpulos, que explora muitos trabalhadores, arruína nosso meio ambiente e ameaça nossa sobrevivência…. Amanhã…

Apesar de você, trabalhador negligente, que faz com que paguemos mais pelos produtos e serviços que consumimos, e faz com que a qualidade fique a desejar…. Amanhã…

Apesar de você, SAC*[1] desqualificado, que produz irritação, fazendo com que o que foi comprado para produzir satisfação, seja motivo de perturbação e estresse…. Amanhã…

Apesar de você, Plano de Saúde ineficiente, que faz com que nossas consultas médicas, exames laboratoriais e internações sejam adiados, nossa enfermidade prolongada e nossa qualidade de vida prejudicada…. Amanhã…

Apesar de você,  máquina pública emperrada, que não investe o suficiente na expansão de leitos hospitalares, principalmente em CTI, nem em salas de aula e em profissionais de saúde e de educação; entretanto, disponibiliza tantos recursos para os aparelhos esportivos da cidade por conta de uma Copa e Olimpíadas…. Amanhã…

Apesar de você, cemitério mal administrado, que permite que a população já esteja ameaçada de não encontrar vagas para sepultar os seus mortos…. Amanhã…

Apesar de você, líder cristão espertalhão, que engana gente simples com a estratégia do “é dando que se recebe”; que pratica política eclesiástica para conquistar seus objetivos e fazer prevalecer sua vontade e, depois diz à igreja que foi obra do Espírito Santo…. Amanhã…

Apesar de você, motorista irresponsável, que faz com que vidas sejam ceifadas ou quase inutilizadas por causa da sua embriaguez ou atos inconsequentes, que fecha cruzamentos com sua falta de educação e agrava os congestionamentos etc. etc. … Amanhã…

Apesar de você, síndico corrupto ou autoritário, que se utiliza do expediente de obras superfaturadas que oneram nossas taxas condominiais, que inventa obras bizarras que tiram nossa paz, que trata com descaso a convenção condominial, afrontando nosso direito, o que é agravado quando se tem que conviver com condôminos omissos que somente se mexem quando o leite já foi derramado…. Amanhã…

Apesar de você, vizinho incômodo, que tem vocação para fazer barulho, provocar irritação e criar problema…. Amanhã…

Apesar de você, parente complicado, que fala mal do seu parente, tira proveito de situações, mas, na hora do aperto vai buscar a ajuda deste…. Amanhã…

Apesar de você, cônjuge infiel ou irresponsável, que desrespeita a aliança matrimonial, arruinando sua família, ou que se dedica a qualquer coisa, menos à sua família…. Amanhã…

Apesar de você, falso amigo, que quer tirar proveito dessa relação, mas só Deus sabe o que você faz pelas suas costas…. Amanhã…

Apesar de você, ser insensível e hipócrita, capaz de fazer muito pelos animais e não mover uma só palha para ajudar os necessitados humanos…. Amanhã…

Apesar de você, covarde, incrédulo, abominável, assassino, ladrão, impuro, feiticeiro, idólatra, mentiroso, etc etc, que desagrada a Deus e torna a vida humana tão mais difícil e frágil…. Amanhã…

Apesar de você, “cada um de nós”, imperfeito e incapaz de viver uma vida permanentemente irrepreensível diante de Deus e dos homens…. Amanhã…

Finalmente, APESAR DE VOCÊ, isto é, de todos esses seres e situações acima mencionados e de tantos outros que você teria para adicionar a esta lista, AMANHÃ HÁ DE SER OUTRO DIA!

Sim, será outro dia! Mas, que dia será esse? Certamente com mais tecnologia, porém com os mesmos ou outros problemas que tornam a vida tão sofrida. É sempre bom e necessário cultivar a esperança de dias melhores. Desde há muitos séculos passados, pensadores, filósofos, sociólogos, religiosos etc. discutem e buscam encontrar a fórmula de uma sociedade justa, perfeita e feliz. Porém, humanamente isso é impossível, por uma simples razão. O vírus do PECADO se instalou na raça humana bem no início de sua trajetória. Pra esse vírus só há um antivírus, a obra de redenção realizada por Jesus Cristo na cruz do Calvário. Regenerado ou gerado de novo e habitado pelo Espírito Santo o ser humano tem a oportunidade de um novo começo; a criatura é feita filho de Deus. Entretanto, apesar das condições tão favoráveis proporcionadas pela nova vida em Cristo, continuamos reféns da natureza humana e do pecado que tão tenazmente nos assedia.

Assim, todos os remidos do Senhor Jesus, aguardam por outro dia, um dia realmente especial e diferenciado, quando Jesus Cristo voltará a este mundo para arrebatar a sua igreja, ressuscitando os salvos de entre os mortos e transformando o corpo dos vivos num corpo glorioso, igual ao do Jesus ressurreto. Este, sim, é o dia que tanto aguardamos! E, tudo isso, apesar de nós, porque é pela graça, o favor imerecido de Deus.

Nesse dia sim a poesia de Chico Buarque fará algum sentido:

Apesar de você
Amanhã há de ser
Outro dia
Você vai ter que ver
A manhã renascer
E esbanjar poesia
Como vai se explicar
Vendo o céu clarear
De repente, impunemente
Como vai abafar
Nosso coro a cantar
Na sua frente

“Aquele que dá testemunho destas coisas diz: Certamente, venho sem demora. Amém! Vem, Senhor Jesus!  A graça do Senhor Jesus seja com todos.” (Ap 22.20-21)


[1] SAC – Serviço de Atendimento ao Cliente

Qual é o teu Cristo?

Qual é o teu Cristo?

Neste mundo há muitos cristos; de muitas formas, de várias cores, de vários tamanhos.
Cristos feitos, cristos inventados, cristos moldados, cristos deformados, cristos tristes e cristos desfigurados.
Há cristo para cada gosto, cada interesse, cada objetivo, e cada projeto.

Há o cristo das belas artes, um motivo como tantos outros para expressar uma forma ou exibir uma escola, pelo homem criada. É cristo para se ver, apreciar ou criticar, para exaltar o autor, seu talento, sua invencionice. É um cristo despido de autoridade, sem expressão, sem dignidade.

Há o cristo da literatura, da prosa, do verso, da forma, do estilo, do livro famoso, dos best-sellers.É um cristo pretexto que serve de texto dentro de um contexto, que ajuda o seu autor a faturar mais e ser mais lido e procurado.

Há o cristo das cantigas, deturpado, maltratado, irreverente, tratado. Aparece na crista das ondas, estoura nas paradas, é cantado nos salões e circula os milhões como mercadoria, para enriquecer as empresas.

Há até o cristo do cinema e do teatro, sucesso de bilheteria, é a explosão da arte moderna, fazendo a caricatura da maior personagem da história. É o cristo musicalizado, encenado, industrializado. É cristo para espetáculo, para os olhos, para os ouvidos, para o lazer e a higiene mental.

Há o cristo do crucifixo, de pedra, de mármore, de madeira, de metal. É cristo para a parede, para o colar da mocinha, para o peito piloso do rapaz excêntrico. É apenas ornamento ou simples decoração. Embora alguns lhe prestem culto; ele não vê, não ouve, não entende.

o cristo dos teólogos, difícil de entender, complicado… é cristo para eruditos, para cultos, privilegiados. É só para ser discutido, analisado, dissecado, aceito intelectualmente. Não modifica, não transforma, não regenera, não muda. É cristo aristocrata, de elite.

Há também, infelizmente, o cristo de certos cristãos que ainda o têm no túmulo. É cristo crucificado, morto e sepultado, e ainda conservado na tumba dura e fria. É o cristo que não vive porque os seus adoradores estão mortos e não despertaram para uma vida nova; a vida do próprio Cristo, da qual, lamentavelmente não se apossaram.

O meu Cristo não é nenhum desses:
O meu Cristo é Filho de Deus que foi encarnado, viveu, sofreu, foi condenado, morto e sepultado por causa de meus pecados.
O meu Cristo não ficou preso na sepultura escura. Ele ressuscitou, subiu ao céu e reina à direita do Pai.
O meu Cristo é respeitado, admirado, cultuado, adorado….porque está vivo….bem vivo!
O meu Cristo vive nas palavras que proferiu, nos ensinos que deixou, nos atos que praticou e na obra que realizou.
O meu Cristo vive nas almas que Ele salvou.
O meu Cristo vive… eu sei bem disso e não tenho nenhuma dúvida.

O MEU CRISTO VIVE EM MIM.

ALELUIA!!!

(Autor desconhecido)