Menos é Mais, Um é Tudo!

Introdução

Quem nunca ouviu ou fez um comentário do tipo “menos é mais”, principalmente quando se não gosta do que está vendo ou do que viu? O objeto da avaliação pode ser muito variado. Por exemplo: a decoração de um ambiente muito carregada; um vestuário com muita mistura de padrões de tecido e cores (“com muita informação”); a maquilagem muito pesada e extravagante; um prato de comida com muita quantidade de itens nada saudáveis e pouca qualidade de nutrientes; e, até mesmo, na questão da comunicação, quando o sujeito fala demais e acaba sendo inconveniente, falando o que não devia e passando a imagem errada.

Em qualquer área da nossa existência é possível identificar casos ou situações onde é perfeitamente aplicável o comentário “menos é mais”, inclusive quando se trata de crença ou religião. Que fique claro aqui que não estou me referindo ao caso de “ter menos fé” como sendo algo mais adequado do que “ter muita fé”.  Porém, cabe aqui uma reflexão sobre o(s) objeto(s) da fé da pessoa. Desde a antiguidade a humanidade cultiva uma falsa ideia de que quanto mais deuses se cultua ou adora, mais seguro, protegido e feliz será. O politeísmo (do grego: polis, muitos, théos, deus: muitos deuses), por definição, é a crença e subsequente adoração a mais de uma divindade, sendo que cada uma é considerada uma entidade individual e independente com uma personalidade e vontade próprias, governando ou atuando sobre diversas atividades, áreas, objetos, instituições, elementos naturais e mesmo relações humanas. Nem sempre estas se encontram claramente diferenciadas, podendo naturalmente haver uma sobreposição de funções de várias divindades (Dt 17.3).

A própria bíblia menciona e condena o culto a inúmeros deuses pelos povos antigos, sendo que não é nosso objetivo avançar nesta área. A Bíblia, desde o seu primeiro capítulo e versículo (Gn 1.1), apresenta o Deus Único, Vivo e Verdadeiro, Criador e Sustentador dos Céus e da Terra! Quando Deus inicia o processo de formar um povo de sua propriedade exclusiva, ele chama a Abrão, da terra de Ur dos Caudeus – um rico, populoso e avançado centro pagão da Mesopotâmia, um lugar onde se praticava a idolatria. A primeira menção, na Bíblia, a ídolos (do lar) encontra-se em Gênesis 31.19; e a deuses, referindo-se a esses mesmos ídolos, em Gênesis 31.30, furtados por Raquel, esposa de Jacó. Já na base da formação do povo de Deus, Israel, havia a influência idólatra do ambiente interno e externo. Depois de conviver com os egípcios, por cerca de 430 anos (Ex 12.40), o povo de Israel se deixou influenciar pela idolatria. Com a saída do Egito, um novo tempo começou, e o combate divino à adoração idólatra continuou com força total, já no primeiro dos dez mandamentos: “Eu sou o SENHOR, teu Deus, que te tirei da terra do Egito, da casa da servidão. Não terás outros deuses diante de mim.” (Ex 20.2-3). Pode-se dizer, então, que, nesta área de crença e religião, adoração e culto à divindade, não cabe a ideia do MENOS É MAIS, porém, a ideia e conceito de que UM (DEUS) É TUDO! “O SENHOR é o meu pastor; nada me faltará.” (Sl 23.1).

Ao longo dos tempos, essa foi a grande luta de Deus com seu povo Israel e tem sido a grande luta da igreja de Cristo, ao evangelizar as pessoas. Satanás jamais desistiu e desistirá de investir para fazer com que o ser humano não foque sua adoração e intercessão somente em Deus. Se uma pessoa não teve um encontro pessoal e verdadeiro com Deus, em momentos de dificuldade e de crise, estará muito mais susceptível a buscar ajuda sobrenatural e espiritual em qualquer lugar.

É preciso esclarecer que Deus é Soberano, é Todo Poderoso, mas recebe a todos, diretamente, sem intermediários humanos: “Porque assim diz o Alto, o Sublime, que habita a eternidade, o qual tem o nome de Santo: Habito no alto e santo lugar, mas habito também com o contrito e abatido de espírito, para vivificar o espírito dos abatidos e vivificar o coração dos contritos.” (Is 57.15). Em momentos difíceis, podemos e devemos buscar apoio nos parentes e amigos mais chegados, para juntos buscarmos a ajuda do Alto, do Pai Celeste, se é que já fomos feitos filhos de Deus, pela regeneração e novo nascimento, em Cristo.

Deus jamais estabeleceu intermediários como Maria, ou santos, ou padres, ou papas, ou pastores, ou gurus, ou orixás, ou pais de santo, avatares ou monges, para fazerem esta intermediação: “Porquanto há um só Deus e um só Mediador entre Deus e os homens, Cristo Jesus, homem,” (1Tm 2.5). Vejamos o que diz a Bíblia sobre algumas “coisas” únicas:

a) O Deus único

“todavia, para nós há um só Deus, o Pai, de quem são todas as coisas e para quem existimos; e um só Senhor, Jesus Cristo, pelo qual são todas as coisas, e nós também, por ele.” (1Co 8.6)

“A ninguém sobre a terra chameis vosso pai; porque só um é vosso Pai, aquele que está nos céus.” (Mt 23.9)

“Um só é Legislador e Juiz, aquele que pode salvar e fazer perecer; tu, porém, quem és, que julgas o próximo?” (Tg 4.12)

“Mas Jesus lhe respondeu: Está escrito: Ao Senhor, teu Deus, adorarás e só a ele darás culto.” (Lc 4.8)

b) Jesus, o Filho unigênito de Deus

“Porquanto há um só Deus e um só Mediador entre Deus e os homens, Cristo Jesus, homem,” (1Tm 2.5)

“Vós, porém, não sereis chamados mestres, porque um só é vosso Mestre, e vós todos sois irmãos.” (Mt 23.8)

“Nem sereis chamados guias, porque um só é vosso Guia, o Cristo.” (Mt 23.10)

“Porque zelo por vós com zelo de Deus; visto que vos tenho preparado para vos apresentar como virgem pura a um só esposo, que é Cristo.” (2Co 11.2)

c) Um só Espírito

“Pois, em um só Espírito, todos nós fomos batizados em um corpo, quer judeus, quer gregos, quer escravos, quer livres. E a todos nós foi dado beber de um só Espírito.” (1Co 12.13)

d) Uma só igreja, a Igreja de Cristo

“assim também nós, conquanto muitos, somos um só corpo em Cristo e membros uns dos outros,” (Rm 12.5)

“Vivei, acima de tudo, por modo digno do evangelho de Cristo, para que, ou indo ver-vos ou estando ausente, ouça, no tocante a vós outros, que estais firmes em um só espírito, como uma só alma, lutando juntos pela fé evangélica;” (Fp 1.27)

e) Nossa escolha: – Uma só opção correta!

“Entretanto, pouco é necessário ou mesmo uma só coisa; Maria, pois, escolheu a boa parte, e esta não lhe será tirada.” (Lc 10.42)

Finalmente,

“há um só Senhor, uma só fé, um só batismo; um só Deus e Pai de todos, o qual é sobre todos, age por meio de todos e está em todos.” (Ef 4.5-6)

“Crês, tu, que Deus é um só? Fazes bem. Até os demônios crêem e tremem.” (Tg 2.19)

Num ambiente tão secularizado e materialista, como o desse mundo pós-moderno em que vivemos, crer na existência de Deus já é grande coisa. Porém, nossa crença precisa ir muito além da crença que até os demônios têm! É preciso que Deus viva em nós e que nós cumpramos plenamente os seus propósitos durante essa curta caminhada terrena.

Se uma doença é humanamente incurável, de que adianta tomar um ou todos os medicamentos existentes? O pecado é uma doença espiritual e humanamente incurável. De que adianta apelar para uma ou todas as religiões existentes? Somente Deus proveu a cura para o pecado – o sacrifício de seu Filho na cruz do Calvário!

Lembre-se que, na terra, é possível que vários caminhos nos levem a determinado lugar; entretanto, há um só caminho que nos conduz a Deus e ao céu – Jesus Cristo!

Lembre-se que, muitas vezes, menos é mais; porém, em assuntos espirituais, UM (DEUS) É TUDO!

A VIDA DE SÃO JORGE

São Jorge

Conta-se que por volta do 3º século depois de Cristo, quando Diocleciano era imperador de Roma, havia nos domínios do seu vasto Império um jovem soldado chamado Jorge. Filho de pais cristãos, Jorge aprendeu desde a sua infância a temer a Deus e a crer em Jesus como seu Salvador pessoal. Nascido na antiga Capadócia, região que atualmente pertence à Turquia, Jorge mudou-se para a Palestina com sua mãe, após a morte de seu pai. Lá foi promovido a capitão do exército romano devido à sua dedicação e habilidade, qualidades que levaram o Imperador a lhe conferir o título de conde.

Com a idade de 23 anos passou a residir na corte imperial em Roma, exercendo altas funções. E por essa época, o Imperador planejava matar todos os cristãos. No dia marcado, quando o Senado confirmaria o decreto Imperial, Jorge levantou-se no meio da reunião declarando-se espantado com aquela decisão, e afirmou que os ídolos adorados nos templos pagãos eram falsos deuses; e, defendendo a fé evangélica, afirmou que Cristo é Deus e Senhor, e que pelo Espírito Santo todas as coisas são regidas e conservadas. Todos ficaram atônitos ao ouvirem estas palavras de um membro daquela suprema corte romana, com grande ousadia, defendia a fé em Jesus Cristo como Senhor e Salvador dos homens, sem a necessidade de mediação e veneração de ídolos.

Indagado por um cônsul sobre a origem de sua grande ousadia, Jorge, prontamente, respondeu-lhe que era por causa da VERDADE. O tal cônsul, não satisfeito, quis saber: “O QUE É VERDADE?”. Jorge logo respondeu: “A VERDADE É MEU SENHOR JESUS CRISTO, A QUEM VÓS PERSEGUIS, E EU SOU SERVO DE MEU REDENTOR JESUS CRISTO, E NELE CONFIADO ME PUS NO MEIO DE VÓS PARA DAR TESTEMUNHO DA VERDADE”. O Imperador Diocleciano, então, disse a Jorge que se ele venerasse e sacrificasse aos ídolos lhe daria muitas honras e muitos bens. E só havia um jeito de Jorge continuar vivo – negar a sua fé em Jesus e passar a adorar as imagens dos deuses romanos. Deuses de que a Bíblia declara o seguinte no livro de Salmos 135.15 a 17: “Os ídolos das nações são prata e ouro, obra das mãos dos homens. Têm boca, mas não falam; têm olhos, mas não veem; têm ouvidos, mas não ouvem”. E, certamente firmado nas palavras bíblicas registradas em Jeremias 10.5, onde lemos que “os ídolos (….) necessitam de quem os leve, porquanto não podem andar. Não tenhais receio deles, pois não podem fazer mal e não está neles fazer o bem”, Jorge, com uma fé inabalável, disse assim ao Imperador: “NENHUM DESSES BENS QUE ME PROMETES PODERÁ DE ALGUMA MANEIRA APARTAR-ME DO MEU DEUS, NEM ALGUM GÊNERO DE TORMENTOS QUE INVENTARES PODERÁ TIRAR DE MIM O AMOR DE MEU REDENTOR, NEM CAUSAR EM MIM TEMOR ALGUM DA MORTE TEMPORAL”.

Como Jorge mantinha-se fiel a Jesus Cristo, foi torturado de vários modos. E após cada tortura era levado perante o Imperador que lhe perguntava se renegaria Jesus para prostrar-se diante das imagens fabricadas por mãos humanas. Jorge sempre respondia: “NÃO, IMPERADOR! EU SOU SERVO DE UM DEUS VIVO. SOMENTE A ELE EU TEMEREI E ADORAREI!”. E Deus honrou a fé de seu servo Jorge de modo que muitas pessoas passaram a crer e confiar somente em Jesus por intermédio da sua pregação. Finalmente, o Imperador Diocleciano, vendo que nenhum dos seus planos macabros tinha êxito, mandou degolar o jovem e fiel servo de Jesus Cristo no dia 23 de abril de 303.

Prezado leitor, devido à sua fé em Jesus, Jorge não aceitou o culto nem a veneração das imagens, e por causa disso foi morto. Por Jesus ele viveu e morreu como um exemplo para nós hoje. E o que ele tanto desejava era que todos do Império Romano deixassem a idolatria e adorassem somente a Deus. Jorge cria assim. Por que você não toma a decisão de ser como ele? Sim, Jorge viveu uma vida digna de ser imitada por todo mundo, por você especialmente.

Nosso povo vive cheio de crendices e superstições em busca de algo que possa preencher o vazio dos seus corações. Há somente uma resposta para você – Jesus, o Salvador. Nele todos os mártires cristãos criam e milhões de pessoas hoje creem, e por isso, desfrutam da perfeita paz e alegria que só Jesus oferece.


O QUE DEUS QUER QUE VOCÊ FAÇA:

RECONHEÇA QUE DEUS O AMA – Sim, Deus amou tanto você que enviou seu próprio Filho para ser o seu Redentor.

RECONHEÇA QUE VOCÊ É PECADOR – A Bíblia declara que todos pecaram e por isso não podem desfrutar do amor e da paz de Deus. Mas como resolver o problema do pecado?!

CREIA EM JESUS COMO SEU SALVADOR – Ore a Deus confessando os seus pecados e renuncie a todos os pactos feitos anteriormente com ídolos ou guias. Peça a Jesus para entrar em seu coração e purificá-lo de todo pecado. Confie em Jesus, pois Ele o ama e é vitorioso! 


Este folheto foi produzido por
C P R
Centro de Pesquisas Religiosas
Caixa Postal 92.950
25951-970 TERESÓPOLIS RJ


Veja, também, neste blog:
A VIDA DE COSME E DAMIÃO


O cristão e a idolatria

Idolatria

Creio que o mais grave pecado que o ser humano pode cometer é aquele contra o Deus único e verdadeiro, contra a Trindade Santa: Deus-Pai, Deus-Filho e Deus-Espírito Santo. O segundo é aquele pecado cometido contra outro ser humano (e contra si mesmo, também). Não é sem razão que Jesus resumiu toda a lei mosaica da seguinte forma: “Mestre, qual é o grande mandamento na Lei? Respondeu-lhe Jesus: Amarás o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, de toda a tua alma e de todo o teu entendimento.  Este é o grande e primeiro mandamento. O segundo, semelhante a este, é: Amarás o teu próximo como a ti mesmo.” (Mt 22.36-39).

Não crer na existência de Deus é ateísmo; não prestar adoração exclusivamente a Deus, mas voltar-se para outros “objetos” de culto, isto é “coisas ou astros ou animais ou pessoas etc.” é idolatria. Idolatria é o ato de adorar, que tem os seguintes significados no dicionário:

Adorar: (lat adorare) vtd 1 Reverenciar, venerar. 2 Amar extremamente, idolatrar. 3 Gostar muito de. 4 Prestar culto a; cultuar. (Dicionário de Português Online – Michaelis)

Idolatria é o ato de adorar, ou reverenciar, ou cultuar, ou amar extremamente, a esses objetos,  ou “ídolos”, ou “imagens”, ou “seres”, ou “pessoas”, ou a algum elemento da natureza como se estes fossem deuses, e, não exclusivamente ao Deus único e verdadeiro, criador dos céus e da terra.

1)  Há quanto tempo há idolatria?

Desde os tempos mais remotos, há notícias de que os povos se curvavam diante de algo que consideravam ser deus. A Bíblia menciona o pai de Abraão (Terá) como alguém que servia a outros deuses (Js 24.2). Abraão foi tirado do meio dessa idolatria que era praticada não só pelos seus antecessores mas também pelos povos antigos, para servir a um Deus único e verdadeiro e ser o pai de uma grande nação, depositária da revelação divina – Israel. Os descendentes do seu tio Naor continuaram nessa prática pecaminosa, o que é revelado no incidente do furto dos “ídolos do lar”, por Raquel, filha de Labão, filho de Betuel, filho de Naor (Gn 31. 19, 30, 32-35).

Desde de sua origem, na chamada de Abraão (cerca de 2000 aC), o povo de Israel deveria ser diferente, isto é, monoteísta, enquanto os demais povos eram politeístas. Deus travou permanente batalha com o povo judeu, desde sua formação efetiva, após a saída do Egito, até o exílio (586 aC), para demovê-lo da prática do pecado da idolatria. Para que não houvesse dúvida, deixou registrado na Lei máxima, nos Dez Mandamentos, os dois primeiros mandamentos, nestes termos:

1º) “Não terás outros deuses diante de mim.” (Ex 20.3)

2º) “Não farás para ti imagem de escultura, nem semelhança alguma do que há em cima nos céus, nem embaixo na terra, nem nas águas debaixo da terra. Não as adorarás, nem lhes darás culto; porque eu sou o SENHOR, teu Deus, Deus zeloso, ….. (Êx 20.4-5)

A história do Antigo Testamento (AT) é a história da luta de Deus, através dos seus profetas, contra a idolatria.

2)  O que Deus pensa dos deuses e dos ídolos?

−  Os deuses dos povos não passam de ídolos, objetos sem qualquer valor (1Cr 16.26; Sl 96.5);

−  São apenas prata e ouro, obra das mãos dos homens (Sl 115.4; 135.15; Os 13.2);

−  São cargas mortas que só fazem cansar os animais de carga (Is 46.1-2);

−  Não podem livrar o homem, pois são tão frágeis que até o vento os carrega  (Is 57.13);

−  Os ídolos, seus artífices e os seus seguidores formam a “comunidade da nulidade” (Jr 2.5; Is 44.9; Hc 2.18-19).

3)  A quem Deus pode ser comparado?

Alguns profetas apresentaram uma comparação entre os ídolos e Deus para que o povo caísse em si e visse o quão insensata e ridícula é a adoração de ídolos (Is 40; 46; Jr 10, etc.).


ÍDOLOS


DEUS

“Um homem corta para si cedros, toma um cipreste ou um carvalho, fazendo escolha entre as árvores do bosque; planta um pinheiro, e a chuva o faz crescer. Tais árvores servem ao homem para queimar; com parte de sua madeira se aquenta, e coze o pão, e também faz um deus e se prostra diante dele, esculpe uma imagem e se ajoelha diante dela…Nada sabem, nem entendem; porque se lhes grudaram os olhos, para que não vejam, e os seus corações já não podem entender” (Is 44.14,15,18)“Os que gastam o ouro da bolsa, e pesam a prata nas balanças, assalariam os ourives para que façam um deus, e diante deste se prostram e se inclinam. Sobre os ombros o tomam, levam-no e o põem no seu lugar, e aí ele fica; do seu lugar não se move; recorrem a ele, mas nenhuma resposta ele dá, e a ninguém livra da sua tribulação” (Is 46.5-7)“Os ídolos são como um espantalho em pepinal, e não podem falar; necessitam de quem os leve, porquanto não podem andar. Não tenhais receio deles, pois não podem fazer mal, e não está neles o fazer o bem “ (Jr 10.5).“Ó Senhor, quem é como tu entre os deuses? Quem é como tu glorificado em santidade, terrível em feitos gloriosos, que operas maravilhas?” (Ex 15.11)“A quem me comparareis para que eu lhe seja igual? E que coisa semelhante confrontareis comigo?…Lembrai-vos das coisas passadas da antiguidade; que eu sou Deus e não há outro semelhante a mim; que desde o princípio anuncio o que há de acontecer, e desde a antiguidade as coisas que ainda não sucederam..” (Is 46.5, 9,10a)“Ninguém há semelhante a ti, ó Senhor; tu és grande e grande é o  poder do teu nome. Quem te não temeria a ti, ó Rei das nações? Pois isto é a ti devido; porquanto entre todos os sábios das nações, em todo o seu reino, ninguém há semelhante a ti…Mas o Senhor é verdadeiramente Deus; ele é o Deus vivo e o rei eterno; do seu furor treme a terra, e as nações não podem suportar a sua indignação…O Senhor fez a terra pelo seu poder; estabeleceu o mundo por sua sabedoria, e com a sua inteligência estendeu os céus. Fazendo ele ribombar o trovão, logo há tumulto de águas no céu, e sobem os vapores da terra; ele cria os relâmpagos para a chuva, e dos seus depósitos faz sair o vento.” (Jr 10.6,7,10,12,13)

 −  Adorar a ídolos é trocar Deus por algo ridículo e desprezível (Sl 106.19-20).

 −  Os que carregam ídolos em procissões são ignorantes (Is 45.20).

 −  Os idólatras serão envergonhados (Is 45. 16).

 −  O ídolo do deus Dagom (filisteus) caiu duas vezes diante da arca (1Sm 5.1-5).

−  As vezes os ídolos “servem para alguma coisa” (1Sm 19.12-17).

−  As predições foram feitas por Deus para que o povo não atribuísse determinadas situações aos ídolos (Is 48.1-5).

−  Só o Criador tem poder sobre a criação (Jr 14.22).

4)  O que Deus ordenou a respeito de outros deuses e imagens?

A fabricação de qualquer escultura era proibida (Êx 20.23; 34.17; Lv 19.4; 26.1).  Apesar dessa proibição Deus mandou que se fizesse querubins de ouro (Êx 25.17-22; 1Rs 6.23-26) e uma serpente de bronze, para teste de obediência (Nm 21.8-9; comp. Jo 3.14-15) e não para adoração como o povo acabou fazendo (2Rs 18.4 – Neustã).

Nenhuma aparência de Deus foi vista quando o Senhor falou ao povo no monte Horebe, para que não se corrompessem, fazendo imagem na forma de ídolo (Dt 4.15-19).

Diante do segundo mandamento (Êx 20.4-6), como determinar a fronteira entre a Arte e a Idolatria?

5)  Como a idolatria era tratada no Antigo Testamento?

− Os reis idólatras foram avaliados como maus reis (1Rs 16.13 – Baasa, Elá; 16.26 – Onri; 1Rs 21.25-26 – Acabe; 2Rs 21.10-18 – Manassés; 2Rs 21.21; 2Cr 33.21-25 – Amon).

− A idolatria era considerada prostituição (espiritual) (Ez 16.35-52; 23.5-48; 36.16-21).

− O perigo dos ídolos levantados dentro do coração (Ez 14.1-11).

− Os ídolos profanavam o templo (Jr 7.30; Ez 8.10).

− O cativeiro de Israel teve como causa a quebra da Aliança, principalmente a idolatria (2Rs 17.7-23).

− Os idólatras são amaldiçoados por Deus (Sl 97.7).

− Os profetas denunciaram veementemente a idolatria e anunciaram a  consequente destruição da nação de Israel  e  de outras nações  por causa deste grave pecado contra a glória de Deus (Is 2.5-21; 10.10-11; Jr 9.13-16; 18.15-17; Ez 6.1-14; 7.20-21; 8.17-18; 20.1-32; 22.1-31; Os 13.1-3; Am 8.14; Mq 1.7; Sf 1.2-18 – Israel e Judá;  Is 19.1-3; Jr 43.12; Ez 30.13 – Egito;  Jr 50.2 – Babilônia).

− A renovação da Aliança exigia a remoção dos ídolos (Gn 35. 1-15;  1Rs 15.12-13 – A reforma de Asa; 2Rs 23.24  – A reforma de Josias; 2Cr 33.1-20 – Profanação e restauração por Manassés).

− Predição de uma reforma após o cativeiro (Ez 11.17-21; Ez 37.23; Zc 13.2). Pode-se dizer que após o cativeiro o povo de Israel abandonou os ídolos.

6)  Como Deus reagiu diante da idolatria?

− Os ídolos provocam a ira de Deus (Dt 32.16-21; Jr 8.19; 16.18).

− Deus executou juízo sobre os deuses do Egito (Ex 12.12).

− É tido por justo o matador de idólatras (Nm 25.1-18; comp. Sl 106.28-31).

− Deus mandou derrubar os altares dos povos dominados por Israel (Ex 34. 12-16; Nm 33.51-52; Dt 7.5; Jz 2.2).

− Deus mandou e Gideão derrubou o altar de Baal, do seu próprio pai, o que colocou em risco a sua vida (Jz 6.25-32).

− O Espírito do Senhor incitou Zacarias a reagir contra a idolatria. Este obedeceu e acabou sendo morto por mandado do rei Joás (2Cr 24.17-22).

7)  Como a Igreja primitiva se relacionou com as comunidades idólatras?

Paulo, em Atenas, se revoltava intimamente com a idolatria reinante na cidade (At 17.16). Ele não pregava diretamente contra os deuses gregos, mas a Jesus e a ressurreição (At 17.18). Teve a ousadia de dizer que o Deus que ele anunciava não era como o deles (At 17.24-28); nem era um ídolo fabricado pelos homens (At 17.29).

A mensagem de Paulo, em toda parte, era a respeito de um Deus vivo em contraste com a nulidade dos deuses feitos por mãos humanas. A repercussão disso era que muitos se convertiam e deixavam os ídolos. Isto chegou a provocar a reação violenta do ourives Demétrio, em Éfeso, e dos demais fabricantes de nichos de Diana. (At 19.23-40).

Uma questão que preocupava a igreja primitiva era a comida sacrificada aos ídolos (At 15.20; Rm 14.15-21; 1Co 8; 10.25-33).

Falando aos crentes de Corinto ele afirma que os ídolos nada são (1Co 8.4). Entretanto, a carne sacrificada a ídolos deveria ser evitada por causa da consciência dos irmãos mais fracos (1Co 8.10-13).

8)  Há idolatria na Igreja Cristã?

Depois de Constantino (323dC), o cristianismo passou a assimilar práticas pagãs; isso porque muitos pagãos entraram na igreja sem conversão, passando a exercer grande influência no culto. O culto aos santos e a veneração aos mártires e a outros homens e mulheres famosos, passaram a ter plena aceitação. Foram criados rituais que eram um misto de cerimônias pagãs, herdadas de diversas religiões, com as cerimônias sacerdotais do Antigo Testamento. Os santos passaram a ser considerados como pequenas divindades, cuja intercessão era valiosa diante de Deus. Surgiu a veneração de relíquias e até mesmo de lugares. Antes do ano 500dC o culto da virgem Maria já estava vitorioso. O paganismo romano teve grande influência na formação do culto católico; daí dizer-se católico-romano.” (Religiões, Seitas e Heresias – J. Cabral)

Ainda que a igreja católica romana não queira admitir que os(as) santos(as) por ela canonizados(as), bem como as suas imagens, sejam ídolos, na realidade são assim tratados pelos seus fiéis. Os líderes católicos se tornam cúmplices desta idolatria na medida que promovem procissões e romarias para veneração e adoração aos(as)  santos(as)  e ainda incentivam as intercessões a estas “pequenas divindades”.

A Bíblia deixa muito claro que Jesus é o único mediador entre Deus e os homens (1Tm 2.5). Nenhum ser humano, já morto, poderá interceder por nós, os vivos, diante de Deus. Os que morreram estão simplesmente aguardando a ressurreição. É total insensatez e pecado gravíssimo recorrer a qualquer ser humano já morto, inclusive a Maria, a mãe humana de Jesus Cristo. Esta doutrina é básica e elementar na Bíblia. O único que pode interceder por nós é o Espírito Santo, conforme diz o apóstolo Paulo: “Também o Espírito, semelhantemente, nos assiste em nossa fraqueza; porque não sabemos orar como convém, mas o mesmo Espírito intercede por nós sobremaneira, com gemidos inexprimíveis.” (Rm 8.26)

9)  O que está acontecendo hoje?

Na antiguidade, os povos pagãos se apegavam intensamente aos ídolos, inclusive confiando e creditando a eles o sucesso de suas vitórias nas batalhas, o que por vezes influenciava o povo escolhido de Deus, Israel.

Hoje em dia, muitas pessoas não cristãs ainda continuam se apegando a todo tipo de amuleto, crendice e idolatria; outras, porém, preferem seguir seu caminho de descrença total no mundo espiritual, apegando-se ao materialismo. Nada disso nos surpreende, em se tratando de não cristãos.

E, quanto aos cristãos? O que se percebe na chamada igreja cristã de hoje é aquela forma de idolatria que se expressa no culto, veneração, apego excessivo a pessoas, a personalidades humanas. Podemos nos referir a isso como antropolatria. Na igreja católica romana isso começa com a “virgem Maria”, e continua com “os apóstolos”, “os santos canonizados”, “os papas” etc. etc. Na igreja evangélica, também há uma tendência de quase idolatria de ícones do passado e do presente, tais como Martinho Lutero, João Calvino, John Knox etc etc.

Os cristãos precisam entender e atender à voz de Deus quando diz: “Eu sou o SENHOR, este é o meu nome; a minha glória, pois, não a darei a outrem, nem a minha honra, às imagens de escultura.” (Is 42.8). Deus jamais dividirá com outro a honra e glória que lhe são devidas! O Senhor Jesus Cristo é a expressão máxima da glória de Deus entre os homens! Quando ele falou em retornar ao Pai, jamais disse aos seus discípulos que deixaria em seu lugar, para conduzir a sua igreja e operar milagres, determinadas celebridades humanas que deveriam ser veneradas e buscadas como mediadores entre sua igreja e o Pai Celestial. Simplesmente ele anunciou a vinda do Espírito Santo, que habitaria em cada remido, para, desta forma, habilitá-los ao sacerdócio universal ­– sacerdócio santo e sacerdócio real (Jo 14.16-18).

Finalmente, vale enfatizar o ensino bíblico de que nenhuma figura humana morta, canonizada ou não, tem qualquer influência neste mundo a partir do mundo espiritual. Neste mundo físico, atuam somente duas forças provenientes do mundo espiritual: 1ª) Deus e seus anjos; e, 2ª) Satanás e seus demônios, que atuam sob a permissão de Deus (Jó 1.12). Portanto, se alguém recorrer, em oração, a essas figuras do passado, canonizadas ou não, e algo efetivamente milagroso e sobrenatural acontecer, fique certo de que isso teve origem em uma dessas duas forças do mundo espiritual!

Diga não a qualquer tipo de idolatria ou antropolatria! Curve-se apenas diante de Jesus Cristo, o nosso Senhor e Salvador!

Qual é o teu Cristo?

Qual é o teu Cristo?

Neste mundo há muitos cristos; de muitas formas, de várias cores, de vários tamanhos.
Cristos feitos, cristos inventados, cristos moldados, cristos deformados, cristos tristes e cristos desfigurados.
Há cristo para cada gosto, cada interesse, cada objetivo, e cada projeto.

Há o cristo das belas artes, um motivo como tantos outros para expressar uma forma ou exibir uma escola, pelo homem criada. É cristo para se ver, apreciar ou criticar, para exaltar o autor, seu talento, sua invencionice. É um cristo despido de autoridade, sem expressão, sem dignidade.

Há o cristo da literatura, da prosa, do verso, da forma, do estilo, do livro famoso, dos best-sellers.É um cristo pretexto que serve de texto dentro de um contexto, que ajuda o seu autor a faturar mais e ser mais lido e procurado.

Há o cristo das cantigas, deturpado, maltratado, irreverente, tratado. Aparece na crista das ondas, estoura nas paradas, é cantado nos salões e circula os milhões como mercadoria, para enriquecer as empresas.

Há até o cristo do cinema e do teatro, sucesso de bilheteria, é a explosão da arte moderna, fazendo a caricatura da maior personagem da história. É o cristo musicalizado, encenado, industrializado. É cristo para espetáculo, para os olhos, para os ouvidos, para o lazer e a higiene mental.

Há o cristo do crucifixo, de pedra, de mármore, de madeira, de metal. É cristo para a parede, para o colar da mocinha, para o peito piloso do rapaz excêntrico. É apenas ornamento ou simples decoração. Embora alguns lhe prestem culto; ele não vê, não ouve, não entende.

o cristo dos teólogos, difícil de entender, complicado… é cristo para eruditos, para cultos, privilegiados. É só para ser discutido, analisado, dissecado, aceito intelectualmente. Não modifica, não transforma, não regenera, não muda. É cristo aristocrata, de elite.

Há também, infelizmente, o cristo de certos cristãos que ainda o têm no túmulo. É cristo crucificado, morto e sepultado, e ainda conservado na tumba dura e fria. É o cristo que não vive porque os seus adoradores estão mortos e não despertaram para uma vida nova; a vida do próprio Cristo, da qual, lamentavelmente não se apossaram.

O meu Cristo não é nenhum desses:
O meu Cristo é Filho de Deus que foi encarnado, viveu, sofreu, foi condenado, morto e sepultado por causa de meus pecados.
O meu Cristo não ficou preso na sepultura escura. Ele ressuscitou, subiu ao céu e reina à direita do Pai.
O meu Cristo é respeitado, admirado, cultuado, adorado….porque está vivo….bem vivo!
O meu Cristo vive nas palavras que proferiu, nos ensinos que deixou, nos atos que praticou e na obra que realizou.
O meu Cristo vive nas almas que Ele salvou.
O meu Cristo vive… eu sei bem disso e não tenho nenhuma dúvida.

O MEU CRISTO VIVE EM MIM.

ALELUIA!!!

(Autor desconhecido)